A Secretaria de Estado de Saúde afirmou que a falta de vacinas e soros em algumas unidades de saúde de Mato Grosso é devido ao atraso do envio dos imunobiológicos ou envio em quantidade reduzida pelo Ministério da Saúde. De acordo com a gerência de Vigilância em Agravos Imunopreveníveis, cada unidade da federação possui uma demanda mensal específica para ser atendida e a secretaria estadual tem recebido cerca de 50% a menos que a média mensal utilizada de soros e vacinas.
Para amenizar o problema, a pasta tem orientado os municípios e regionais de saúde que distribuam as vacinas para unidades de forma estratégica, adotando medidas para a otimização das doses. O ideal é que as unidades de saúde passem a agendar dias e locais para aplicação das vacinas. A medida visa evitar o desperdício porque, após abertos, alguns frascos de vacinas, como a BCG, têm validade de até seis horas.
Vacinas como a Tetraviral e a BCG, que previne a tuberculose, continuam em falta. Além delas, estão com estoques baixos a Dupla adulto, a DTPa (contra difteria, tétano e coqueluche), a Varicela e a HIB (Haemophilus influenzae tipo B) indicada para a imunização de rotina, de crianças entre dois meses e cinco anos de idade, contra as doenças causadas por bactérias, como a meningite. Alguns soros como o antirrábico, antitetânico, antivenenos e antibotulínico também estão com o repasse mensal irregular.
As demais vacinas de rotina estão disponíveis, gratuitamente, à população em um dos 722 postos de saúde em todo o Estado.
No mês de agosto, a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, informou que o desabastecimento é devido a problemas e atrasos no processo produtivo, proximidade de data de vencimento, indisponibilidade no estoque nacional, estoque vencido e ainda o fato de contratos para aquisição estarem em fase de finalização.