A campanha estadual de vacinação contra a raiva animal para cães e gatos começa na segunda-feira (1º de agosto) e segue até 30 de setembro. A estratégia de vacinação é definida em cada município, que pode realizá-la em postos fixos, volantes e de casa a casa. Neste ano a meta é vacinar 674.458 animais em todo Estado, sendo 558.414 cães e 116.044 gatos. Atualmente, a raiva está controlada nas áreas urbanas devido as campanhas anuais de vacinação.
A coordenadora da Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, Ludmila Dophia de Souza, explica que neste ano serão instalados 900 postos de vacinação distribuídos nos 141 municípios e mais de duas mil pessoas estarão envolvidas. A coordenadora acrescenta que a campanha tem o apoio de toda sociedade, que deve levar seus animais de estimação a uma unidade de vacinação e contribuir com o controle da doença. A adesão da população às campanhas de vacinação contra raiva animal vem contribuindo para que os municípios se mantenham livres da raiva em cães e gatos desde 2007.
Ludmila destaca que as secretarias municipais de Saúde oferecem a vacinação antirrábica após a campanha, para aqueles animais que nasceram após esse período, ou que por algum motivo não puderam ser vacinados no tempo estabelecido. “Isso permite que o animal ao longo do ano seja imunizado e evita que fique exposto ao vírus rábico na espera da próxima campanha de vacinação”.
Devido a sua importância para a saúde pública, o Ministério da Saúde, firmou compromisso com a Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminar do continente latino americano a raiva humana transmitida por cães, enfatizando que a campanha de vacinação antirrábica canina é uma das principais atividades para prevenção de casos humanos, para a interrupção da circulação viral e para o controle da doença no seu ciclo urbano. Com esta estratégia, no Brasil, o número de casos humanos foi reduzido de 73 registros em 1990 para cinco casos em 2012, representando uma redução de 93%. Em Mato Grosso em 2012 foi registrado um caso de raiva humana na região norte, com espécie agressora não identificada, sendo que na investigação epidemiológica há relato de contato do paciente com animal silvestre.