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Governo não cumpre acordo e hospitais filantrópicos de Cuiabá suspendem internações em UTIs

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Os quatros Hospitais Filantrópicos de Mato Grosso (Santa Helena, Santa Casa, Hospital de Câncer e Hospital Geral Universitário) suspendem o recebimento de novos pacientes na internação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a partir de amanhã.

A presidente da Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas (FEHOSMT), Elisabeth Meurer, disse que a paralisação é o resultado do não cumprimento feito pelo secretário de Estado de Saúde, Eduardo Bermudez, que na última reunião do dia 16 deste mês se comprometeu a fazer o repasse dos valores complementares para a manutenção das UTI's. "Confiamos no secretário e no governo do Estado, porque pediram para voltarmos a atender os pacientes e que na segunda-feira (18) faria o pagamento da dívida que já chega a R$ 4,941 milhões".

Elizabeth destaca que desta vez os hospitais só irão voltar a atender os pacientes quando o dinheiro estiver na conta dos hospitais. "Caso isso não aconteça os atendimentos estão suspensos por tempo indeterminado. Até a nota de esclarecimento que a SES mandou para a imprensa ele não cumpriu".

Meurer disse que mesmo diante de um déficit mensal de leitos de terapia intensiva em nosso estado, a SES não repassa os valores para manutenção dos leitos existentes e contratualizados, que representam juntos 40 leitos de UTI Geral Adulto, 8 leitos de UTI Coronariana, 10 leitos de UTI Pediátrica e 45 leitos de UTI Neonatal, um total de 103 leitos disponibilizados de UTI em Cuiabá.

Os pacientes do SUS poderão contar apenas com os leitos ofertados pelo Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC) e Hospital São Benedito, que correspondem apenas 10% do total disponível.

Elisabeth esclarece que todos os hospitais não têm medido esforços para prestar um atendimento digno aos pacientes recebidos nas UTI's. "Pedimos a compreensão da população, mas não podemos mais receber pacientes se não temos como tratá-los, isso tudo porque o governo promete e não cumpre com os seus compromissos, mesmo depois de frequentes negociações".

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