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Sinop: servidores protestam contra terceirização da UPA e pedem a convocação dos aprovados

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Mais de 30 enfermeiros e técnicos em enfermagem efetivos e contratados protestaram, esta manhã, contra a terceirização da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na avenida André Maggi. Eles não aceitam que uma agência de organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) assuma a administração sem antes convocar servidores que estão aguardando ser convocados no concurso público. Foi colocado um pano preto no chão em  forma de luto expostas faixas pedindo apoio da população e do poder legislativo: 'diga não a terceirização’, ‘o povo merece saúde de qualidade’ e ‘contamos com os vereadores a favor da saúde de Sinop’.  Os atendimentos aos pacientes não foram suspensos.

O movimento foi organizado pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Sinop que se posicionou contrário a terceirização pela falta de garantia trabalhista aos servidores. “Nós queremos mostrar que a forma que a prefeitura esta empregando e terceirizando o serviço público principalmente na área da saúde não funciona. Nós temos vários exemplos de terceirização que não deram certo e o município e agora eles querem aplicar aqui na UPA”, disse o presidente do sindicato Adriano Perotti, ao Só Notícias.

Perotti afirmou ainda que os funcionários que trabalham para a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social (ADESCO) estão na lista de espera para ser convocados no concurso público. “Não tem nexo essa terceirização. As vagas existem e eles já estão trabalhando para o município por meio de um contrato terceirizado. Eles foram aprovados no concurso e estão esperando ser chamados. O que estamos pedindo é que a prefeitura reveja os conceitos e realmente faça cumprir a lei. Não ficar usando a Adesco para estar apadrinhando pessoas sem critério nenhum. Simplesmente não se sabe como foi feito o contrato com essa empresa. No serviço público não se pode ter indicação direta. Tem  que ser aprovado através de um concurso”. 

O presidente explicou que foram recolhidas mais de cinco mil assinaturas para um abaixo-assinado contra a terceirização que será entregue no Ministério Público. “Nós enquanto servidores de carreira sempre seremos contra a terceirização. Até entendemos que um médico possa abrir uma empresa e fazer a prestação de serviço para o município. Agora é diferente do pessoal de nível médio abaixo que trabalham de carteira assinada para Adesco. Se eles sofrerem um acidente a responsabilidade e da empresa mas a lei diz que o município é responsável. Então qual é a vantagem de terceirizar serviço neste sentido. Nós temos um abaixo assinado que já foi colhido meses anteriores com quase cinco mil assinaturas. Agora nós pretendemos encaminhar ele para o Ministério Público questionando a legalidade dessa empresa aqui no município”.

A técnica em enfermagem Kátia Cristiana Amorim Americano disse que os servidores estão preocupados sem direcionamento do que vai acontecer caso a UPA seja terceirizada. “Até agora, ninguém nos procurou para dar uma explicação do que será feito. Tem pessoas aqui que trabalham desde o Pronto Atendimento (PA) em regime de plantão. A maioria dos graduados está terminado a graduação, com capacitação, e conhece o funcionamento da unidade. Nós trabalhamos em todos os setores e estamos indignados com essa terceirização".

Cristiana explicou ainda que o número de profissionais é pequeno diante da demanda a Unidade de Pronto Atendimento. “Atendemos, em média, 400 pessoas por dia. O fluxo de pessoas aqui (UPA) é muito grande. Quando os Postos de Saúde não atendem a população recorre aqui. Nós esperamos ser respeitados. É o mínimo. É mais fácil colocar pessoas para suprir essa demanda e estão aguardando serem chamadoa para trabalhar do que entregar a unidade para uma empresa que ninguém conhece”.

Segundo o vereador Wolgran Araújo (DEM) a prefeitura esta entregado a UPA para uma empresa já investigada pelo Ministério Público. “A categoria está reivindicando o que é de direito. A prefeitura não realiza concurso público e agora quer abastecer as Unidade Básicas de Saúde (UBS) com os funcionários da UPA. Estão mexendo no que está dando certo mais uma vez. Estão repassando um bem público para uma empresa sem credibilidade nenhuma”, afirmou.

(fotos:Só Notícias/Luiz Ornaghi)

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