Na próxima segunda-feira (25), a rede pública de saúde comemora o dia nacional de combate à hanseníase. No município, 64 pacientes recebem gratuitamente o tratamento contra a enfermidade. Para celebrar a data durante o ano todo o tema é debatido nas Unidades Básicas de Saúde em discussões voltadas para a temática “educação e saúde”.
Segundo a coordenadora do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Alzira Yanagi, o índice de prevalência de hanseníase em Sorriso é considerado alto. O índice de cura obtido no município também não é o adequado. Está na casa dos 79%, quando o ideal é de, no mínimo, 90%. “Muitas vezes, os pacientes acabam desistindo do tratamento, que é longo, mas se ele não for seguindo à risca, não há possibilidade de cura”.
Pessoas com suspeita da enfermidade devem procurar a Unidade Básica de Saúde de sua abrangência, o tratamento é realizado na própria UBS, com doses mensais supervisionadas e o restante da cartela auto administrada. O tratamento completo leva de seis meses até um ano.
Mato Grosso é a unidade da federação com maior prevalência de hanseníase no Brasil. Com 10,19 casos por 10 mil habitantes, supera a taxa nacional, de 1,27 caso por 10 mil habitantes.
Redução dos casos – no Brasil, a taxa de prevalência de hanseníase caiu 25,7% em 10 anos, passando de 1,71 pessoa em tratamento por 10 mil habitantes – em 2004 – para 1,27 por 10 mil habitantes, em 2014. A queda é resultado das ações voltadas para a eliminação da doença, intensificadas nos últimos anos.
As áreas de maior risco de surgimento de casos estão concentradas em Rondônia, Pará, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Em 2004, 67,3% das pessoas que faziam tratamento para hanseníase se curaram. Já em 2014, esse número saltou para 82,7%. O número de contatos examinados também aumentou de 45,5% para 76,6%, no mesmo período.