Quarenta e quatro novos casos suspeitos de microcefalia foram registrados na região Oeste, mais especificamente nos municípios de Cáceres (42), Jauru (1) e Pontes e Lacerda (1). Agora, o número de casos investigados no estado subiu de 79 para 123, incluindo os casos de seis gestantes que já realizaram exames e foi verificada a doença nos fetos.
Em Mato Grosso, outros oito municípios da região Sul já haviam registrado casos suspeitos de microcefalia, sendo 66 em Rondonópolis (quatro gestantes), dois em Alto Garças, dois em Itiquira, dois em Pedra Preta, dois em São José do Povo, um em Itiquira, um em Jaciara e um em Tesouro, além de uma gestante em Cuiabá e uma gestante em Peixoto de Azevedo, região Norte do estado. Com isso, o número de municípios com casos suspeitos subiu de oito para 11.
No Brasil, de acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (05), já foram notificados 3.174 casos suspeitos da doença em recém-nascidos de 684 municípios de 21 unidades da federação. Pela primeira vez, está sendo investigado um caso no estado do Amazonas.
Em novembro, o Ministério da Saúde emitiu nota confirmando a relação entra o Zika Virus e a microcefalia, após a realização de exames pelo Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA). Os exames foram realizados no sangue e em tecidos de um bebê do Ceará com microcefalia e demais malformações congênitas, que indicaram a presença do vírus.
Até o dia 26 do mês passado, quando foi emitido o último boletim epidemiológico, 1.672 amostras biológicas já haviam sido encaminhadas ao Laboratório Central do Mato Grosso (Lacen), para diagnóstico diferencial. Deste total, 30 foram descartados e nove casos foram confirmados, sendo dois de Rondonópolis, um de Tesouro, quatro de Cuiabá e dois de Várzea Grande. Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.
O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a chikungunya. Portanto, os cuidados para evitar a proliferação do mosquito são os mesmos tomados antes, mas que devem ser intensificados, principalmente no período de chuvas.
No dia 22 de dezembro, o governo lançou a campanha de sensibilização e combate ao Aedes aegypti, apresentou o plano emergencial de enfrentamento ao mosquito e anunciou a criação de Sala de Comando e Controle em funcionamento para o desenvolvimento de ações de combate ao mosquito. Utilizada durante a Copa do Mundo para as ações de segurança pública, agora a Central irá servir para que seja feita a comunicação direta entre as instituições municipais e estaduais com os órgãos federais. Estatísticas, pontos críticos, andamento das vistorias e levantamento de informações serão pontos a serem trabalhados periodicamente.
Em relação ao plano emergencial, entre as ações previstas está o repasse de R$ 20 milhões aos municípios para serem aplicados em ações de combate ao mosquito, além da distribuição aos municípios de ‘fumacê’, bombas costais e insumos como inseticidas e a capacitação por meio de teleconferências para os profissionais da saúde estadual abordando vigilância, controle, diagnóstico e assistência às doenças. Em conjunto com os municípios, o estado irá garantir atenção aos pacientes para diagnóstico e tratamento, em especial às gestantes e os bebês. Todas as referências que atendem o sistema único de saúde serão orientadas a receber os pacientes para o acompanhamento neurológico.