Os serviços de prontos-socorros nos municípios de Colíder e Alta Floresta receberão, a partir da próxima 2ª feira, os pacientes encaminhados, após serem classificados e regulados pelos Núcleos Internos de Regulação dos Hospitais Regionais. Os primeiros atendimentos serão da responsabilidade das prefeituras locais, a quem compete o atendimento da atenção primária. Apenas as pessoas encaminhadas por outros hospitais, ambulatórios de especialidades, Unidades Básicas e serviços de resgate serão atendidos na emergência dos Hospitais Regionais.
Atualmente, as unidades funcionam dentro dos hospitais regionais das duas cidades. O prazo foi definido por meio da Portaria nº 140 da Secretaria de Estado de Saúde, que prorrogou em 90 dias o prazo fixado inicialmente a pedido dos prefeitos que pediram mais tempo para assumirem os atendimentos que devem ser referenciados pela atenção básica.
Com a medida, deve diminuir a superlotação nestes hospitais, que recebem usuários com pequenos machucados, febre, dores musculares, que deveriam ser atendidos na rede básica do município. Em Colíder, o diretor do hospital regional, Elisandro Nascimento, estima que nas horas de pico – início da manhã e final da tarde – entre 70% e 85% dos atendimentos são para usuários que poderiam ser atendidos na rede básica (Unidades básica da saúde, pronto-atendimento etc).
“O hospital atende a emergências do Corpo de Bombeiros e a moradores referenciados de seis municípios da região. Com o pronto-socorro funcionando fora da unidade, vai melhorar o fluxo da emergência e isso também irá significar uma economia de cerca de R$ 200 mil”, observou Nascimento.
No hospital regional de Alta Floresta a situação não é diferente de Colíder em relação ao atendimento de usuários que deveriam ser atendidos na rede básica do município. O regional atende a seis municípios da região, mais o Sul do Estado do Pará e realiza por mês, em média, 450 internações e 240 cirurgias.
“Em média são atendidas de 100 a 110 pessoas por dia e, desse total, de 5% a 10% são da emergência. A maior parte é de usuários da atenção primária. Com o município assumindo o pronto-atendimento, vamos nos dedicar a fazer melhor aquilo que é a vocação e a obrigação do hospital, que é fazer cirurgia e, com isso, a fila irá diminuir”, disse o diretor do hospital, José Marcos da Silva.
O secretário-adjunto Cassiano Falleiros explicou que a rede é constituída pela atenção primária, secundária e terciária, cada uma com sua complexidade e a principal porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde. O foco dos Hospitais Regionais é nos atendimentos secundários, urgência e emergência, além de ofertar a capacidade de cirurgia eletivas e atendimentos no qual a Unidade Básica não conseguir resolver, e hoje estão sobrecarregados com atendimentos primários, não tendo a resolutividade necessária no sistema.
“Neste momento precisamos do apoio e a compreensão da população, para que procurem e usem as Unidades Básicas de Saúde, e, quando houver necessidade, as pessoas serão encaminhadas para os Hospitais, em caso de emergência e urgência, a unidade do Corpo de Bombeiros Militar deve ser acionada e será direcionada ao Hospital Regional. Não vamos deixar de prestar nossa assistência, não vamos atender menos, mas atender melhor", afirmou Cassiano Falleiros.
Em agosto, uma equipe técnica da secretaria esteve nas cidades de Colíder e de Alta Floresta, onde se reuniu com os prefeitos das cidades, com representantes do consórcio de Colíder, com os secretários municipais para definir os detalhes da transição e das adequações dos novos espaços definidos pelas prefeituras que vão receber os prontos-socorros nestas cidades.
A informação é da assessoria.