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MP e polícia prendem 4 na operação Gomorra contra fraudes e desvio de recursos em prefeitura de Mato Grosso

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Só Notícias (foto: arquivo/assessoria - atualizada 11:58h)

O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público do Estado e Polícia Judiciária Civil, deflagrou, há pouco, a Operação Gomorra. Dos seis mandados de prisão expedidos pela justiça quatro foram cumpridos e dois alvos são considerados foragidos. Foram 11 ordens de buscas e apreensões a membros de suposta organização criminosa constituída com o propósito de fraudar licitações e desviar recursos públicos no município de Barão de Melgaço (110 km de Cuiabá). São investigados integrantes da administração municipal, empresários e quatro empresas, todas pertencentes ao mesmo grupo familiar, que prestam serviços em locação de sistema administrativo de autogestão integrada para o departamento de frotas do município. “Segundo o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), os sócios das empresas envolvidas no esquema de fraudes a licitações indicam que Edézio Correa é a figura central da organização”, diz o MP.

O Ministério Público informa que “diligências preliminares para apurar suposta adulteração de notas, utilização de ‘cartão coringa’ como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço” em Barão “indicam a existência de uma organização criminosa constituída para saquear os cofres públicos em várias prefeituras e câmaras de vereadores de Mato Grosso”.

“O Núcleo de Ações de Competência Originária (NACO), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Polícia Judiciária Civil, as investigações realizadas até o momento demonstram que proprietários de quatro empresas, todas com a participação de um mesmo núcleo familiar, já firmaram contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras”, afirma o MP, em nota. 

A identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa, desde 2020. A análise dos contratos, segundo o Naco, também demonstrou diferenças exorbitantes de valores em contratações semelhantes e que outras empresas que haviam participado dos certames tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa investigada. Em um dos casos, houve um aumento de mais de nove milhões em contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.

“As investigações revelaram ainda que nos últimos cinco anos, os montantes pagos às empresas chegam à quantia de R$ 1.8 bilhão, conforme a lista de contratos divulgada no Radar MT do Tribunal de Contas do Estado”.

Setenta policiais civis, entre investigadores e delegados, participam da operação Gomorra. O nome da operação remete à operação Sodoma, que foi deflagrada em Mato Grosso no ano de 2015, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, para desmantelar a existência de uma organização criminosa envolvida em fraudes licitatórias e recebimento de vantagens indevidas. Um dos denunciados na ocasião voltou a ser investigado, informa a assessoria do MP.

Sodoma e Gomorra eram duas cidades bíblicas que representavam o pecado, como a devassidão e o ateísmo. O Antigo Testamento relata que ambas foram destruídas por Deus com fogo e enxofre do céu.

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