A equipe do Corpo de Bombeiros realizou, ontem, a remoção de um para-raios de captação com isótopo radioativo, que havia caído sobre a fiação pública no município de Jaciara (a 143,6 km de Cuiabá), em decorrência dos fortes ventos.
A operação foi conduzida por equipes da 9ª Companhia Independente e do Batalhão de Emergências Ambientais, devido ao risco associado ao isótopo radioativo presente no dispositivo. Esses para-raios, conhecidos como radioativos ou ionizantes, contêm pequenas quantidades de substâncias radioativas, como o amerício-241.
Embora a radioatividade presente seja baixa, pode ocorrer contaminação caso o dispositivo seja danificado ou não, seja descartado corretamente. Por essa razão, os procedimentos adotados pelos bombeiros militares seguiram rigorosamente as orientações da Resolução da Comissão Nacional de Energia Nuclear.
Durante a operação, foram utilizados Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para evitar qualquer contato direto ou indireto com o isótopo de amerício (Am-241), além de ferramentas hidráulicas para a remoção do equipamento e um caminhão-cesto para facilitar o processo.
Todo o material foi acondicionado em tambores devidamente selados e identificados conforme as orientações do CNEN, para posterior envio a um local apropriado para armazenamento de resíduos radiológicos. Essa ação rápida e coordenada dos bombeiros militares foi essencial para garantir a segurança e evitar possíveis danos ao meio ambiente.
Conforme os bombeiros, esse tipo de para-raios foi proibido no Brasil por questões de segurança e ambientais. Desde 1989, o CNEN, por meio da Resolução nº 4/89, suspendeu a autorização para a fabricação e instalação desse tipo de dispositivo. A decisão foi baseada em estudos que demonstraram que o desempenho dos para-raios radioativos não era superior ao dos convencionais na proteção de edificações, tornando o uso de fontes radioativas injustificável.
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