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Acadêmicos da Unemat participam de pesquisa sobre fogo e regeneração da floresta

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Com objetivo entender os impactos do fogo na degradação de florestas tropicais, uma equipe multidisciplinar composta por pesquisadores oriundos de renomadas instituições realizou experimento de queima controlada em áreas de floresta em uma fazenda, localizada na região do Alto Xingu, em Querência.

Acadêmicos do curso de pós-graduação stricto sensu em Ecologia e Conservação, da Unemat, participaram do experimento avaliando diferentes fatores. O mestrando Rogério Liberio estuda o papel das antas na recuperação de áreas degradas pelo fogo na fazenda.

Já o doutorando Charles Caioni tem como objetivo compreender o efeito dos extremos climáticos sobre o balanço de energia na transição entre o Cerrado e Amazônia. Além disso, busca demonstrar a importância e a relação da produtividade agrícola com a conservação da floresta.

O estudo, que acontece desde 2004, liderado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipan), reuniu pesquisadores e estudantes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Universidade Federal de Goiás (UFG) e Universidade Federal de Viçosa (UFV), além de instituições, como Woods Hole Research Center (WHRC) e Instituto Max Planck.

Os participantes fizeram medições antes, durante e depois do experimento. Antes do fogo se mediu a serrapilheira (matéria morta no chão, como folhas secas) e umidade de cada parcela que seria queimada. Durante as queimas foram aferidos os dados de intensidade do fogo: altura, largura e comprimento das chamas, além da taxa de espalhamento (tempo gasto para percorrer 50 centímetros) e a velocidade do vento. No pós-fogo mapeou-se a área queimada, quantificando novamente a serrapilheira.

Neste ano, os pesquisadores também usaram outros equipamentos, como drones e Lidar (aparelho que gera imagens 3D caracterizando a diversidade, a estrutura e a dinâmica das florestas). Os dados coletados manualmente e com a ajuda dessas ferramentas vão ajudar a equipe a entender com mais detalhes como a recorrência do fogo afeta a capacidade de regeneração da floresta.

O pesquisador Paulo Brando, ligado ao Ipam e ao WHRC, coordena o estudo e faz parte do projeto desde 2004. Para ele, essa linha de pesquisa é essencial para identificar e quantificar variáveis que controlam o comportamento do fogo em florestas da Amazônia.

“As queimas experimentais são importantes para entender como a floresta e as áreas convertidas em plantação serão afetadas pelas mudanças climáticas. Pesquisas indicam que eventos de seca extrema serão mais frequentes na Amazônia, e as florestas têm um papel fundamental na mitigação desses efeitos em escala regional e global”, afirmou o cientista.

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