Os professores da rede estadual decidiram, esta tarde, em Cuiabá, em assembleia geral, manter a greve que dura 35 dias. Os representantes dos 93 municípios presentes na assembleia geral respaldaram a manutenção da mobilização. A projeção é que 90% das escolas estão sem aulas.
O presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento, disse que "a greve continua e mais forte ainda. A luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da educação continuará, dada a inconsistência do Governo em apresentar proposta que atenda a pauta de reivindicação da categoria”, afirmou. Ele acrescentou que as reivindicações apresentadas não foram atendidas. “Não houve suspensão da proposta do governo em implantar as Parcerias Público-Privada; apresentação de calendário de concurso público para todos os cargos e funções da carreira e, cumprimento integral da lei 510/2013”, citou.
Para os servidores, o documento mantém as PPP’s para construção de novas unidades e junto os serviços de manutenção estrutural e não pedagógico da escola, já rejeitados pela categoria. Sobre o concurso público, o governo não garantiu o calendário de realização do certame e, mesmo sinalizando que iria estender as vagas aos três cargos da carreira, não especificou as funções (vigilância, limpeza e alimentação), possibilitando direcionamento de vagas a apenas as áreas de interesse do governamental. Somado a isso, a Lei 10.410/2016, que aprovou a RGA de 2016, condiciona a realização de Concurso Público aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). O que implica no lançamento do Concurso para 2016, como defendido pela categoria.
Após a assembleia, houve caminhada pelo centro de Cuiabá. Nesta 3ª, pela manhã, está previsto ato público em frente da Secretaria Estadual de Educação.