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Governador diz que parceria privada na educação não vai afetar administração de escolas

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O governador Pedro Taques (PSDB) explicou o projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para a rede estadual de educação. De acordo com ele, a sugestão do governo é estabelecer as parcerias com empresas privadas para realizar a manutenção e construção de novas escolas, e que a gestão escolar permaneça como está hoje, sob a administração dos profissionais da Educação. “Eu preciso construir escolas e não cabe ao diretor da escola ficar cuidando da descarga do banheiro, da pintura da escola, se a escola tem ou não internet. Isso é feito pela iniciativa privada. Quem vai mandar no pedagógico? Os diretores”.

Taques declarou que o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) está mentindo aos pais e aos alunos do ensino público de Mato Grosso para tumultuar as discussões sobre o projeto. “Não vamos privatizar as escolas. Isso é uma mentira do sindicato. Estão mentindo aos pais e aos alunos, que nós cobraríamos mensalidade. Não caiam em mentira”, explicou o governador Pedro Taques, ressaltando que é contra a privatização do ensino público.

Para dialogar com a classe estudantil que hoje ocupa cinco escolas – quatro em Várzea Grande e uma em Cuiabá – e que são contra as PPPs, o secretário de Estado de Educação, Marco Marrafon, percorreu, no último domingo, três escolas onde os alunos se manifestam contra a proposta. O encontro representou uma abertura de diálogo entre o governo do Estado e os estudantes, segundo o governador Pedro Taques. “Eu não vou colocar polícia para tirar estudantes das escolas. Agora muitos desses estudantes que estão nessas escolas, nem estudam nelas. São da UNE (União Nacional dos Estudantes), que ideologicamente são contra a PPP”.

A proposta da PPP ainda está em processo de discussão e vai ser debatida com a sociedade. O projeto contempla 76 escolas estaduais. Serão construídos 31 novos prédios, sendo que desses 11 funcionam atualmente em imóvel alugado e dessa forma, passariam a ter sede própria, e 20 seriam novas unidades. Dentro da proposta também está a reforma e/ou ampliação de 21 escolas e em outras 24 que já estão sendo concluídas o projeto é para que a iniciativa privada faça a operacionalização, o que inclui manutenção da infraestrutura. A proposta prevê ainda reformar 13 e construir dois Centros de Formação de Professores (Cefapro).

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