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Sinop: envolvido em chacina de 7 pessoas está sendo julgado; viúva e mãe se emociona: “não tenho mais ninguém”; assista

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Redação Só Notícias (atualizado 10h50 - fotos: Só Notícias/Ana Dhein/arquivo e Fabiano Marques)

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O júri popular do réu Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, um dos autores da chacina de um bar em Sinop, começou há pouco (8h40), no fórum de Sinop. A sessão é presidida pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos. Não há previsão para a duração do julgamento, mas há possibilidade de que se estenda até amanhã de madrugada.

O réu acompanha o julgamento por videoconferência da Penitenciária Central, em Cuiabá, e segundo a justiça, ele afirmou não ter interesse em participar de maneira presencial. Sua defesa, através do defensor público Ricardo Bosquesi, está no plenário do júri.

O crime ocorreu em fevereiro de 2023 em um bar e vitimou sete pessoas, dentre elas, uma adolescente de 12 anos. Toda a execução do delito foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento onde o bárbaro crime aconteceu. Foram sorteados sete jurados para compor o conselho de sentença.

Em seguida começaram os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa serão ouvidas (oitivas) pela magistrada. Uma das primeiras pessoas que prestou depoimento é Raquel, viuva de Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, e mãe da menina de 12 anos que também morreu. Ela respondeu perguntas do promotor e disse que o marido jogava sinuca, valendo dinheiro, com Edgar e, que anteriormente, eles haviam jogado e Getúlio ganhou de Edgar.

Ela disse que Edgar e Ezequias Souza Ribeiro mandaram as pessoas ficarem na parede e os dois atiraram nas vítimas, desarmadas. “Logo em seguida quando ela correu, eu ia correndo e ele mandou eu ficar no chão. Fiquei no chão e pensei que iria morrer”, disse, chorando, a mãe da menina que também foi baleada. “Estavam atirando em todo mundo, não tinha correr nem pra sair”.

Raquel afirmou que Ezequias tentou atirar nela “mas a arma estava descarregada” e que “eles levaram o dinheiro do jogo que estavam jogando (aposta)”. “Ninguém debochou, ninguém falou nada, todos morreram calados”. “Eu não tenho mais ninguém, estou sozinha… não tenho mais ela comigo”, declarou, muito emocionada.

O investigador de Polícia Civil Wilson Cândido também foi ouvido, relatou as investigações e a prisão de Edgar. Outras testemunhas estão sendo ouvidas.

Em seguida, haverá interrogatório de Edgar.

Cada parte (defesa e acusação) tem uma hora e 30 minutos para fazer a sustentação oral aos jurados dos seus pedidos. Primeiro o promotor, depois os assistentes de acusação e por último o defensor.

Quatro advogados foram habilitados como assistentes de acusação. Eles foram contratados pelos familiares das vítimas e auxiliam o promotor na acusação. Um dos assistentes representa duas vítimas (pai e filha).

Concluídos os debates, a juíza indagará aos jurados se “estão aptos a julgar ou necessitam de outros esclarecimentos” e explicará aos jurados o significado legal de cada quesito. Concordando as partes e todos devidamente esclarecidos, os jurados são encaminhados à sala secreta para julgamento. As decisões dos jurados se dará por maioria de votos e a juíza fará a leitura da sentença.

Chacina
O crime aconteceu após os dois autores perderem duas partidas de sinuca (valendo dinheiro). Depois de serem alvo de piadas das pessoas que participaram do jogo, vão até uma caminhonete, estacionada na porta do estabelecimento, e pegam duas armas. Eles voltam para dentro do bar. No vídeo da câmera de segurança do estabelecimento é possível ver, claramente, que ambos os atiradores pedem para algumas vítimas ficarem viradas para a parede. Um deles, que está com uma espingarda calibre 12 mm, dispara. Algumas pessoas tentam correr, mas são atingidas já fora do bar. Uma menina de 12 anos e seu pai morreram. As vítimas foram Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, e sua filha de 12 anos, Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos; Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos; Elizeu Santos da Silva, de 47 anos; Josué Ramos Tenório, de 48 anos e Adriano Balbinote, de 46 anos.

Após a execução, eles correm de volta para a caminhonete, mas voltam. Um para pegar o dinheiro da aposta, que está sobre a mesa de sinuca, e o outro para pegar alguma coisa no chão, perto de uma das vítimas.

Na sequência eles fogem. Edgar, que será julgado, se entregou à polícia dois dias depois do crime, após saber da morte do amigo, durante confronto com a polícia numa área de mata, próxima ao aeroporto de Sinop

Em instantes mais detalhes.

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