A Escola Estadual Marechal Candido Rondon, construída em 2011 na comunidade de Coqueiral, no município de Nobres (distante 120 quilômetros de Cuiabá), será reconstruída mesmo sem ser tido utilizada. Edificada no governo passado com recursos orçados em aproximadamente R$ 1.350 milhão dos quais foram pagos quase R$ 1.317 milhão a unidade foi concluída em novembro. No entanto, a Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) não recebeu a obra porque apresentava problemas, os serviços não foram realizados de acordo com o contratado, impedindo a estrutura com oito salas de aula de receber os alunos da região.
Segundo a Superintendência de Acompanhamento e Monitoramento da Estrutura Escolar, a construção estava colocando em risco o usuário. Com a reabertura da licitação, a Seduc investirá mais R$ 858 mil para a execução dos serviços, incluindo a reforma da cobertura, instalação hidro sanitárias e elétricas de baixa tensão e posto de transformação de 112,5 kva.
O processo licitatório já definiu a nova empresa para executar as obras, que deverão começar em aproximadamente 45 dias. A tomada de preço nº 010/2015 foi realizada no dia 25 deste mês pela Seduc.
Esfera judicial
A Seduc instaurou processo administrativo contra a empresa responsável pela construção da Escola com o objetivo de reaver os direitos legais sobre a obra. Mas, o processo saiu da esfera administrativa e atualmente segue os trâmites judiciais, sendo de conhecimento da Procuradoria Geral do Estado.
Visita à escola
Em abril do ano passado, o governador Pedro Taques e o secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, vistoriaram o local. Apesar de assegurar a obra à comunidade local, o chefe do Executivo já havia alertado que cobraria os responsáveis pela construção. O prédio foi interditado por problemas estruturais um ano e meio após a sua inauguração. “O que aconteceu aqui foi um crime”, disse à época Taques.
A situação está sendo analisada pela Procuradoria Geral do Estado. Para manter o atendimento a 303 alunos do distrito de Coqueiral e circunvizinhos, o Estado desembolsa por mês R$ 33.380,00 referentes ao aluguel de 10 salas de aulas móveis.
O problema foi ocasionado porque a estrutura não suporta o peso da cobertura. Por isso, as telhas de barro terão que ser substituídas por termo acústicas e a estrutura de madeira será trocada por uma metálica. Rachaduras nas paredes são evidentes em várias áreas.