Começa nesta quinta-feira, em Alta Floresta, o 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia, com 40 participantes (mateiros, agrônomos, pesquisadores) vão trocar experiências e atualizar informações para aprimorar a gestão florestal. Os participantes devem, amanhã, entregar amostras de espécies arbóreas coletadas, que serão avaliadas por um corpo de jurados composto por 14 profissionais experientes da área florestal.
Na sexta-feira, tem a abertura oficial do 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia, no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso. Haverá realizadas palestras e uma mesa-redonda com o tema “A importância da coleta na aplicação do conhecimento botânico e na gestão florestal”. O encerramento ocorrerá no sábado, 21, com um torneio onde serão testados os conhecimentos e habilidades dos profissionais na identificação de árvores.
O CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso) consideras que a identificação de árvores nativas é fundamental, possibilitando distinguir as diferenças entre as espécies, como cor, padrão e textura da madeira. Também são observadas densidade e resistência à compressão, características celulares e anatômicas da madeira, com ajuda de microscópios e outras ferramentas tecnológicas, como espectroscopia de infravermelho e imagens digitais.
Frequentemente, porém, são observados erros nas listas de nomes científicos com inclusão de árvores que não existem no bioma amazônico e até nomes de outras espécies, como arbustos e ervas, associados a volumes de madeira, explica o presidente do Cipem. “Este problema tem sido relativizado devido ao baixo número de profissionais capacitados no reconhecimento das espécies, bem como pela ausência de protocolos e regulamentações que permitam melhorar ou eliminar tais falhas”, afirma Ednei Blasius acrescentando que, para evitar práticas equivocadas de reconhecimento de espécies arbóreas, que continuam sendo nomeadas por nomes vulgares aos quais são associados nomes científicos de maneira imprecisa, foi iniciado em 2023 o projeto “Espécies Arbóreas Mais Comercializadas do Estado de Mato Grosso”.
A ação visa a aplicação de nomes vulgares às árvores comerciais, orientando a correta atribuição de nomes científicos com base no reconhecimento das características morfológicas das espécies. A ação tem sido executada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) juntamente com a Universidade do Estado de Mato (Unemat).
O evento é organizado em parceria com a secretaria estadual de Meio Ambiente (Sema), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).