PUBLICIDADE

A nação que dormia

PUBLICIDADE
Alexandre Garcia

Não acredito nas teorias de conspiração, das que pululam nas redes sociais. Mas, como diz a sabedoria espanhola, no creo en brujas, pero que las hay, las hay. O fato que se observa é o estado querendo ser mais importante e maior que a nação; querendo mandar na nação. Deixemos claro: o estado existe por causa da nação, criado pela nação para haver uma ordem, administrada pelo estado, com autoridades escolhidas pela nação. O estado está a serviço da nação e é sustentado por ela para prestar bons serviços públicos. Todos os recursos do estado são da nação, que gera esses recursos. Estado não cria riqueza, apenas a distribui. O estado não é o dono da nação nem seu patrão; ao contrário, a nação é a dona do estado e sua mandante. Para fazer leis e governar, é preciso ter a procuração do voto da nação. Para ficar mais claro: o estado são os governos, em seus três poderes e a nação é o povo, os cidadãos, eleitores e pagadores de impostos.

Isso posto, voltemos ao que se observa. Os integrantes do estado estão cada vez mais invertendo a ordem de poder da democracia em que primeiro é o povo, a fonte do poder, mandante; depois o governo, mandatário. Ao inverter, deixa de haver democracia para imperar totalitarismo, tal como o que foi posto em prática – e fracassou – na União Soviética. A sátira de um regime assim invertido está no livro 1984, de George Orwell, que hoje mais parece uma profecia. Agentes do estado tentam sufocar a nação pela censura e pelo medo. O teste feito durante a pandemia mostra que, com apoio da mídia a criar pânico, é possível impor obediência cega e até suspender direitos fundamentais previstos em cláusula pétrea da Constituição.

Nada dessa operação de sufoco da cidadania precisaria ter sido feito se não tivessem surgido as redes sociais e um deputado cancelado por décadas, chamado Jair. As redes permitiram que as pessoas isoladas em suas convicções passassem a trocar opiniões e descobrirem que eram muitos. Enquanto isso, o deputado virou candidato a presidente, soprou oxigênio na brasa dormida e catalisou a maioria antes silenciosa. A cidadania passiva ficou ativa e a tranquilidade da idéia única imposta nas escolas e na mídia acabou. Reagiram contra a polaridade que surgiu – como se sabe, polaridade só existe quando já não há um, mas dois. O controle, que vinha paulatinamente calando consciências, entrou em emergência e se tornou agressivo. Os direitos constitucionais foram ofuscados para punir o uso da liberdade de expressão, que é a arma mais eficaz contra totalitarismos.

Já não se usam fuzis e canhões para impor-se a corações e mentes.  Começaram então a usar outras armas, inspiradas por Antonio Gramsci, para enfraquecer a família – hoje até as palavras sagradas mãe e maternidade  se tenta banir via Supremo, numa ação movida pelo PT. Os valores cristãos são os mais atacados, com vistas a enfraquecer as idéias que solidificaram a cultura ocidental. Sabem que a cultura judaico-cristã é uma sólida barreira à imposição do pensamento único. Para isso se quer impor tutela, mas o estado está debilitado por gastar demais – e arrecadar tem limite. Estado desmoralizado e a mídia que o apoia está tão desacreditada, que essa união não tem força para acorrentar a nação, que é maioria na defesa de princípios éticos e libertários. Há consciência de que controle é o mal, porque controlar o que se fala e o que se pensa é escravizar. 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

País de surpresas

No Brasil os acontecimentos conseguem andar mais rápido que...

Na nossa cara

Quem chegou ao Brasil pelo aeroporto de Guarulhos na...

Segurança federal ?

O Presidente Lula talvez tenha querido desviar as atenções...

Lições municipais

Consolidou-se no segundo turno a força do centro-direita que...
PUBLICIDADE