terça-feira, 24/setembro/2024
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Universidade Federal de Mato Grosso aprova três novos cursos de doutorado

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovou três novos doutorados para o início em 2025. As novas áreas com ampliação da Pós-Graduação são Ciências Florestais e Ambientais, Filosofia e Geografia no Câmpus de Cuiabá. Os doutorados são resultado de projetos pedagógicos de cursos de pós-graduação submetidos em 2023, dos quais três já aprovados anteriormente.

Os projetos são avaliados pelo Conselho Técnico Científico (CTC) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). De acordo com o pró-reitor de Pós-Graduação da UFMT, Jackson Resende, os cursos possivelmente iniciam atividades no primeiro semestre de 2025, dependendo ainda de mais algumas etapas, como a publicação de área oficial do resultado definitivo.

“Nós tivemos um ciclo de avaliação até o momento muito produtivo para a UFMT com abertura de novos, cinco novos doutorados, um mestrado e ainda estamos no aguardo de mais três cursos em avaliação, então muito sucesso nesse momento do ciclo avaliativo que iniciou em 2023”, comemora.

Foram aprovados os doutorados de Ciências Florestais e Ambientais, da Faculdade de Área Florestal (FENF); de Filosofia, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e Geografia, do Instituto de Geografia, História e Documentação (IGHD).

“Então, ficamos bastante satisfeitos, com a abertura de três novos doutorados que, nessa avaliação dos projetos enviados em 2023, se somam aos doutorados de Nutrição, Alimentos e Metabolismo da Faculdade de Nutrição (FANUT); Imunologia, Parasitologia básicas e aplicadas do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) do câmpus Araguaia e o mestrado de Engenharia elétrica da Faculdade de Arquitetura, Engenharia e Tecnologia (FAET)”, relatou.

A professora do curso de Engenharia Florestal, Jaçanan Milani, destaca que a aprovação do Programa de Doutorado corrige uma assimetria da falta de um programa a nível de doutorado de pós graduação na área de Ciências Florestais e Ambientais em Mato Grosso. “A aprovação é fruto de 18 anos de história do mestrado e mais de 192 dissertações de mestrado defendidas. Os próximos passos são a parte interna de trâmites junto à Capes e a publicação dos editais de seleção e de ingresso”, relata a professora apontando estes passos acontecem articulados com as agências de fomento nas esferas estadual e nacional.

De acordo com a docente, a partir do início do funcionamento do doutorado será possível a continuidade de muitas pesquisas desenvolvidas ao longo do mestrado. “A continuidade das pesquisas sempre foi uma dificuldade a ser equacionada, considerando especialmente os ciclos longos das culturas florestais e a necessidade de estudos a longo prazo”, pontua a professora que tem a expectativa de consolidação do processo de formação de recursos humanos de alto nível para o desenvolvimento regional. Além disso, a professora Jaçanan Milani acredita que o curso pode ampliar as pesquisas de impacto para sociedade e consolidar a posição da UFMT no cenário de produção, conservação e uso dos recursos naturais por meio da pesquisa.

Na área de Geografia, a professora Márcia Alves, ressaltou que a construção da proposta para o doutorado considerou o histórico do Programa de Pesquisa em Geografia, com potencialidades, relevância e impacto no contexto de Mato Grosso e também nacional. “Foi um documento que trabalhamos desde 2022, mas a proposta precisou ser pensado levando em consideração o contexto passado, presente e futuro, também criando uma proposta estratégica condizente com as nossas condições e anseios para o avanço das pesquisas na Geografia e áreas afins”, relata a professora sobre o documento construído coletivamente com participação da comunidade acadêmica que compõe o programa.

A professora ressalta que a demanda pelo doutorado em doutorado em Geografia em Mato Grosso é uma necessidade antiga e que agora é preciso avançar com um planejamento estratégico para a implementação do curso, que envolve a ampliação do corpo docente, o regimento do Programa, o fortalecimento das linhas de pesquisas, editais de seleção e outras demandas necessárias. A docente ressalta a animação de toda a comunidade acadêmica com a aprovação do doutorado, especialmente pela demanda de egressos interessados no Doutorado em Geografia em Mato Grosso.

“Nosso Programa já faz um esforço contínuo de integração das nossas atividades com os cursos de graduação, não só da Geografia, mas também de áreas afins, a partir de eventos, disciplinas, atividades em campo, pesquisas e outras atividades. Certamente o doutorado é mais uma oportunidade de fortalecer e ampliar essas articulações, oferecendo aos discentes a possibilidade de construir suas carreiras acadêmicas, num programa que tem sempre como horizonte a qualidade, diversidade e diálogos entre as diversas formações acadêmicas”, reforça.

De acordo com a professora Márcia Alves a aprovação do doutorado representa a ampliação de um corpo discente qualificado e certamente comprometido em desenvolver atividades de impacto, que fortaleçam o desenvolvimento regional e nossas articulações nacionais e internacionais. “Além disso, será uma importante oportunidade para os nossos docentes ampliarem suas redes de pesquisa, com maior produção coletiva e articulada, inclusive com outras instituições do estado, como a UNEMAT que também teve seu doutorado aprovado”, pontua a docente.

O professor Adriano Kurle aborda as expectativas pelo doutorado em Filosofia como uma oportunidade para o Estado de Mato Grosso e também a região Centro-Oeste. “Além de formar professores para o ensino superior em filosofia, formar doutores em Mato Grosso, também com isso a gente facilita a propagação de novos cursos de filosofia na região. Com isso a gente reforça a formação de professores para o ensino básico e para pesquisa, para o bacharelado em filosofia, e também reforça a presença da filosofia em cursos de graduação e de pós-graduação em áreas correlatas, como o direito, a psicologia, a sociologia, enfim, a educação, pedagogia”, analisa o docente.

O novo curso, para o docente, “tem uma relevância muito grande para a formação de uma cultura filosófica, especialmente em Mato Grosso, mas também em toda a região do Centro-Oeste e da Amazônia Legal”. Para o professor Adriano Kurle o doutorado vai aprofundar integrações que já existem atualmente. “O curso de doutorado é plenamente integrado ao mestrado porque faz parte do mesmo programa, tem os mesmos professores e tem as mesmas linhas de pesquisa. A integração com a graduação se dá por meio de projetos em conjunto. A gente tem grupos de pesquisa e grupos de estudo que incluem estudantes de graduação e de pós-graduação”, ressalta.

O professor Adriano Kurle explica que os professores serão os mesmos já presentes nos cursos de graduação e mestrado. “A gente costuma estimular os estudantes concluintes que tem um bom projeto em andamento a realizar o mestrado quando eles tem interesse. Temos uma política de apoio para que estudantes de graduação façam disciplinas na pós-graduação como aluno especial após terem cursado 65% da carga horária do curso de graduação e projetos de extensão como eventos para a discussão filosófica que muitas vezes incluem estudantes de graduação e pós-graduação”, reforça o docente sobre a importância da integração entre os cursos.

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