quinta-feira, 19/setembro/2024
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Mulher que conseguiu escapar para não ser estuprada e morta em Sorriso relata momentos de terror

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Só Notícias/Ana Dhein com Lucas Torres, de Sorriso (foto: Só Notícias/Lucas Torres)

Laryssa Deckmann, de 26 anos, sobreviveu ao ataque de um agressor sexual, última sexta-feira (23), detalhou, em relato repleto de força e emoção, os momentos de terror que viveu. Com bravura, a jovem conseguiu se defender da tentativa de estupro e homicídio após o criminoso, que era seu vizinho, invadir sua residência, onde estavam ela e a filha.

“A jovem relatou que seu marido havia saído para trabalhar, havia pouco tempo, enquanto ela permaneceu dormindo, sua filha também estava na casa. Quando eu acordei, vi o reflexo de alguém na porta do quarto, achei que era o meu marido e na hora voltei a dormir. Quando acordo tem um homem que eu nunca vi na vida com uma faca pedindo pra mim ficar quieta, no momento eu me desesperei, comecei a gritar, nisso ele me jogou no chão, me deu um mata-leão, tentando me desmaiar pra eu ficar quieta, ele pediu pra mim colaborar com ele.”

Laryssa relatou que no momento em que o homem aplicou o ‘mata-leão’ ela conseguiu desferir uma facada nas costas dele e correr para a cozinha. “Nisso, ele veio pra cima de mim e com todo o peso dele me jogou no chão. Me jogou uma vez, eu consegui levantar, me jogou outra vez, eu consegui levantar. Na terceira vez que ele me jogou eu não consegui levantar, eu fiquei de joelhos, ele me pegou pelos cabelos e começou a bater minha cabeça no chão, muito forte. Depois que ele terminou de me dar as cabeçadas no chão, me pressionou na parede e falou pra eu colaborar porque ele falou ‘tu vai morrer sabendo que tudo que eu fizer pra ti eu vou fazer pior pra tua filha e então tu colabora, para de gritar, começa a tentar tirar minha roupa e se esfregar em mim.”

Em seguida, a jovem descreve que o agressor chegou a sentar no chão, mandando-a tirar as roupas, enquanto ela o questionava sobre quem era, e quais as motivações do crime. “Eu olhei e ele tava completamente pelado, de tornozeleira, e eu falei, moço, por favor, me dá um pouco de água. Eu tô toda sanguentada, me dá um pouco de água. Nisso, ele vai até a geladeira e eu vou no quarto ver a minha filha Fiquei com medo que ela tivesse ali ainda.”

Ainda segundo a vítima, preocupada com a filha, começou a procurá-la. “Eu vi que ela não estava no quarto e saí para a rua, mas eu fiquei com medo que ela tivesse escondida em algum lugar na casa e comecei a gritar socorro, nisso a minha vizinha falou “ela está aqui comigo”, eu fui com elas. Elas (testemunhas) falaram que ele ficou parado na área, pelado me olhando, e depois na saída pegou uma calça do varal, tentou subir na moto, não conseguiu se vestir, eu acho e foi (fugiu).”

Em seu relato, Laryssa afirma que “todo momento ele (agressor) estava muito ciente do que estava fazendo, quando ele me deu a mordida no nariz eu não senti nenhum cheiro de álcool, ele também me beijou, não tinha cheiro de álcool nem nada. Ele é completamente ciente do que estava fazendo, já havia feito isso, eu não era a primeira vítima dele.” Preso, ele declarou para a polícia, no interrogatório, que estaria sob efeito de drogas e bebidas alcoólicas.

Emocionada e com a voz embargada, a jovem relatou que desde o ocorrido tem passado por momentos difíceis devido ao grande trauma, necessitando de acompanhamento psiquiátrico. “Eu não consigo mais dormir, chega 4 horas da manhã, começa a clarear eu fico com medo. É difícil saber que um ser desses vive em sociedade normal, como uma pessoa normal.”

“Que ele nunca mais faça isso com nenhuma mulher, nenhuma criança, né? Minha filha também fica desesperada, acorda assustada. É algo traumatizante para a gente, pro resto da vida. Justiça, é isso que a gente quer, justiça e que ele pague”, concluiu a jovem, bastante emocionada.

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