Uma fábrica clandestina de açaí, investigada por falsificar/adulterar o produto destinado aos consumidores, foi fechada esta manhã, em ação conjunta da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor e Vigilância Sanitária de Várzea Grande. O proprietário do estabelecimento, que não possuía as devidas licenças de funcionamento, foi autuado em flagrante por crime contra a saúde pública.
As investigações iniciaram após o recebimento de denúncia de que, em um barracão, havia pessoas embalando açaí de origem desconhecida, utilizando embalagens de produto de uma marca conhecida por patrocinar grandes eventos de lutas. A denúncia apontava ainda que o local usado para o embalo clandestino recebia, com frequência, caminhões com embalagens vazias para embalo do produto, além de ser um local insalubre, infestado de ratos, razão pela qual os próprios funcionários não consumiam os produtos, devido à falta de higiene.
Com base nas informações levantadas, os policiais civis com apoio da equipe da Vigilância Sanitária foram até o local e encontraram a fábrica em pleno funcionamento, “sendo confirmado que os produtos produzidos no local eram acondicionados em embalagens de marcas conhecidas, como, por exemplo, uma do Estado do Pará”, apontou a Polícia Civil.
No local onde o produto era embalado, segundo a polícia, além de fardos com substância semelhante à polpa de açaí de origem desconhecida, havia uma pilha com sacos de açúcar cristal, pacotes de ácido cítrico anidro, emulsificante e outros produtos químicos utilizados na fabricação clandestina, porém as embalagens nas quais os produtos eram colocados informavam como ingredientes apenas “açaí e xarope de guaraná”.
Ao lado do barracão havia um galpão com centenas de caixas de papelão com embalagens vazias de poupa de açaí de marcas conhecidas do mercado. Questionado sobre a eventual existência das autorizações necessárias para produzir e embalar o produto no local em vasilhames e embalagens de marcas conhecidas do mercado, o responsável pelo estabelecimento respondeu que não possuía nenhum documento.
Os fiscais da Vigilância Sanitária Municipal de Várzea Grande constataram que o local não tem autorização para funcionar e que as condições de fabricação e de higiene em geral das instalações não estão adequadas à legislação vigente, motivo pelo qual a fábrica clandestina foi interditada e os produtos encontrados no local foram apreendidos para destruição
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