“O Riva acha que ele ainda manda em Mato Grosso, como mandou durante 20 anos”. “Foram tempos das trevas, do atraso, dos escândalos que todos conhecem. Eu espero que esse tempo do atraso, das trevas, dos escândalos não volte mais a Mato Grosso”. A afirmação foi feita, no final da manhã, pelo governador Mauro Mendes, ao rebater o ex-presidente da Assembleia José Riva, que, semana passada, mandou recado, interpretado pelo governo como ameaça, que se a deputada Janina Riva (MDB), sua filha, não for eleita primeira secretária da Assembleia Legislativa (2º cargo mais importante na mesa), ela deve passar a ser oposição a Mauro.
Mauro se referiu ao período que Jose Riva foi deputado estadual, presidente e primeiro secretário da Assembleia Legislativa e acabou sendo preso, em três operações policiais, por casos de corrupção. Em 2018 Riva havia sido condenado a 26 anos de prisão. Ano passado, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso aceitou o recurso dele e reduziu pela metade a pena por peculato e associação criminosa na ação penal derivada da Operação Imperador, após ter feito acordo de delação premiada. O Ministério Público Estadual acusou Riva de ter liderado suposto esquema que desviou mais de R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia, por meio de empresas fornecedoras de materiais do legislativo.
A eleição da mesa diretora da Assembleia é prevista para início de agosto. O deputado Max Russi, atual primeiro secretário, deve encabeçar chapa consensual para ser presidente. A disputa ferrenha estaria pela primeira secretaria. Janaina Riva, atual segunda vice-presidente, trabalha para garantir apoio e ser confirmada na chapa. O deputado Beto Dois a Um, vice-líder do governo e um dos principais aliados de Mauro, também tem se fortalecido para ser confirmado na chapa como primeiro secretário.
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