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Jornalista lança livro com histórias de Enio Pipino, Rogério Ceni e Joaninha

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O jornalista Eduardo Gomes, 64 anos, está lançando este mês o “Livro 44”. Uma carona no espaço de tempo, assim é definido o livro pelo autor. Ele descreve suas andanças e presença em fatos marcantes que ocorreram no Estado, de 1970 a 2014. Cita fatos, curiosidades e costumes de municípios de todas as regiões.

O piloto de freestyle Joaninha, o goleiro Rogério Ceni, padre João Salarini, o colonizador Ênio Pipino, entre outros sinopense, são alguns dos personagens.  O Livro 44 estará nas bancas e livrarias em Cuiabá a partir do dia 17 deste mês e não será disponibilizado na internet.

“Estive em todos os municípios, todas as cidades, todos os distritos, todas as vilas, palmilhei todos os caminhos. Conheci o esplendor da rua Bahia em Poxoréu no ciclo do diamante. Brindei à criação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pelo presidente Emílio Garrastazu Médici e à nomeação do seu primeiro reitor, o médico cuiabano Gabriel Novis Neves, que empresta seu nome ao campus principal, em Cuiabá. No auge do garimpo do ouro no Nortão, no Clube Maranhense, em Peixoto de Azevedo, respirei a fumaça dos cigarros no ambiente enquanto Nalva Aguiar soltava a voz”, descreve o preâmbulo do livro.

Eduardo prossegue:  "Percorri a BR-163 nos rastros dos tratores que a abriam sob as ordens do comandante do 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC), coronel José Meirelles, e sobrevoei o Pantanal nas águas altas e baixas. Vibrei com a ligação de Cuiabá por asfalto com o Centro-Sul e o bicentenário de Cáceres. Nadei em rios. No episódio da divisão territorial a TV me mostrou o governador biônico Garcia Neto numa coletiva no aeroporto em Várzea Grande dizer que vestia a camisa do presidente Ernesto Geisel; essa camisa era a bandeira da divisão territorial pela criação de Mato Grosso do Sul. Milhares de mãos se elevando ao céu e de joelhos dobrados defronte o altar onde o papa João Paulo II celebrava missa em Cuiabá me mostraram a fé católica. Escutei o som do saxofone do maestro Marinho Franco, da sanfona de Lídio Magalhães e a música do trio Pescuma, Henrique & Claudinho. Admirei a obra do colonizador e pastor luterano Norberto Schwantes no Araguaia e no Nortão. Supliquei a Deus pelas vítimas da malária, que eram atendidas em Matupá pelo anjo que respondia pelo nome de Irmã Maria Adelis. Em Rondonópolis respeitei o trabalho humanitário do padre Lothar Bauchrowitz construindo casas e mantendo creches; e de irmã Luiza de Souza percorrendo ruas e lojas vendendo balas de gengibre em busca de dinheiro para atender mulheres e crianças. Cobri em ambos os lados da divisa a demanda com o Pará pela área do contestado entre os dois estados. Pisei no solo de cidades que acabavam de brotar no vazio demográfico. Presenciei o cerrado virar celeiro de produção, com o plantio pioneiro de soja do produtor Adão Mariano Salles Riograndino; com as pesquisas do algodão patrocinadas por Olacyr de Moraes, que resultaram no cultivar de algodão ITA-90; com a ousadia de Munefume Matsubara ao plantar soja abaixo do Paralelo 13; com o surgimento da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT); com a importante participação do reprodutor Panagpur, do criador Antônio Luiz de Castro, para a melhoria racial do nelore brasileiro; e a pecuária no Megaleilão do empresário Maurício Tonhá, em Água Boa, mostrar sua força ao mundo. Testemunhei o União Esporte Clube nascer e Colniza dizer “não” ao primeiro plebiscito para emancipá-la. Visitei na fazenda Aliança, em Pedra Preta, a primeira área invadida pelo MST na Terra de Rondon. Fiz reportagens no local da queda do Boeing da Gol, que fazia o voo 1907 e se chocou com um jato executivo Legacy; e pisei no chão ao lado dos destroços do avião da Varig que errou a rota de Marabá para Belém e pousou de barriga na floresta em São José do Xingu. Percebi o medo dos moradores de Campinápolis depois que índios xavantes a invadiram e cometeram uma chacina. Acompanhei o drama dos atingidos pela grande enchente de 1974, que inundou Cuiabá e transbordou o Pantanal. Naveguei pelo Paraguai e Juruena. Conheci aldeias e aplaudi o Kuarup. Tamborilei os dedos ao som do conjunto Aurora do Quariterê, de Vila Bela da Santíssima Trindade, na apresentação da Dança do Chorado. Tive contato com o Curussé, em Porto Esperidião. Escutei o apito do trem chegando a Alto Taquari, Alto Araguaia, Itiquira e Rondonópolis. Senti o calor do fogaréu que devorou mais de uma centena de casas e estabelecimentos madeireiros em Marcelândia. Ouvi moradores de Nova Brasilândia sobre um suposto acidente com um OVNI naquela região. Escrevi sobre o surgimento da agroindústria e de fábricas iguais à Cervejaria Petrópolis, que envasa a Cerveja Crystal. O chão tremeu sob meus pés em Porto dos Gaúchos, num dos abalos sísmicos comuns naquela área. Entristeci-me com a demolição da vila Estrela do Araguaia e a retirada dos seus moradores e da zona rural da antiga Fazenda do Papa, no Araguaia, que virou terra indígena Marãiwatsédé…”.

 

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