Pesquisadores da Embrapa e da Unemat identificaram as características de reflectância de plantas de soja sadias e infestadas pelo nematoide Aphelenchoides besseyi, causador da doença da haste verde, também conhecida como “soja louca II”. A discriminação da assinatura espectral das plantas com sintomas é um primeiro passo para a produção de um sensor que poderá auxiliar o manejo das lavouras
No trabalho feito na Embrapa Agrossilvipastoril em Sinop, plantas de soja em vasos foram inoculadas com diferentes populações do nematoide causador da doença. Usando a técnica da espectroradiometria, foram analisadas as características de reflectância (proporção entre o fluxo de radiação eletromagnética incidente numa superfície e o fluxo que é refletido) dos diferentes grupos de plantas.
“Obtivemos assinaturas das plantas sadias e das plantas infestadas com diferentes intensidades populacionais desse nematoide. Essas assinaturas, ou esses registros nas folhas, são apresentados na forma de faixas”, explicou a pesquisadora Valéria Faleiro, através da assessoria.
De acordo com a pesquisadora, este foi o primeiro passo em um trabalho de afinamento da tecnologia para futuramente se chegar a um sensor que possa ser usado nas lavouras de soja. “Essa metodologia vai contribuir de modo a acelerar o monitoramento no campo. Tornando mais ágil o processo de identificação de áreas infestadas pelo nematoide. Contribuindo assim para a melhoria do manejo”, prevê.
A continuidade da pesquisa depende agora da aprovação de um novo projeto, que permitirá novos testes em casa de vegetação e a validação em lavouras no campo.
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