O consumidor sinopense passou a pagar em média 40% mais caro no botijão de gás de cozinha, de janeiro até agora. De acordo com o levantamento feito por Só Notícias, em três revendedoras o valor médio do botijão de 13 kg saltou de R$ 75, no início no ano, para R$ 105 este mês. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o produto já subiu mais de 83% nas refinarias.
Daniel Junior dos Santos, que é proprietário de uma revenda de gás, apontou que houve uma redução de até 20% nas vendas. “Antes dessa nova aplicação dos preços nós vendíamos mais de 2,5 mil botijões por mês. Agora, não passam de 2 mil unidades. Ficou muito ruim essa tabela de preços e as pessoas estão reduzindo ao máximo o consumo. Além disso, tem os concorrentes irregulares que não pagam impostos que inviabiliza ainda mais o negócio”.
A gerente de uma outra unidade,Thays Boufleur, apontou que as empresas não conseguem absorver todo o aumento e acabam repassando integralmente aos consumidores. “Não tem como segurar tudo. Com isso, os consumidores fazem aquela pesquisa nas revendedoras e acaba comprando nas que conseguem segurar o máximo do valor do reajuste. Devido a isso, muitas empresas estão ‘quebrando’. As pessoas ligam, analisam o preço e desistem de comprar. Essa nova forma de aplicação do reajuste não está ajudando em nada as pequenas revendedoras e está mais difícil para manter o negócio”.
Esse mês, a Petrobras voltou a aumentar o preço o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) para uso residencial em 8,9%. No mês passado chegou em 4,5%. No ano, o preço médio do gás de cozinha no país acumula alta de 15,58%, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras adotou uma nova política de preços. Por isso, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) está sendo revisado todos os meses.
De janeiro até agora, a Petrobras anunciou redução de -4,5% apenas em julho. Em agosto, houve amento de 6,9%, duas vezes em setembro. A primeira de 2,2% e 6,9%, outubro 12,9% e agora mais 4,5%.