O delegado de Polícia Civil, Sérgio Ribeiro, confirmou, hoje, o cumprimento da prisão da mulher, de 28 anos, suspeita de torturar o sobrinho, de 6 anos, o qual foi adotado por ela e seu marido, que foi preso na última na terça-feira (25), em Planalto da Serra (256 km de Cuiabá), pelo mesmo crime. Conforme o delegado, assim que teve conhecimento de que a polícia havia expedido o mandado de prisão, a mulher entrou em contato com advogado. “Ele resolveu apresentá-la para cumprir o mandado de prisão. Nossos policiais que já buscaram por ela e fizeram a prisão dela, então encaminhamos aqui para a unidade policial, vai ser interrogada e possivelmente ela será recambiada para uma unidade prisional mais próxima da comarca onde responde o processo”, explicou.
“Ali se trata de um crime de tortura onde os pais adotivos, no intuito de corrigir aquela criança, acabaram aplicando uma correção extremada e realizaram uma surra, batem na criança com o cinto, deixaram ela toda roxa e no intuito até de corrigir acabaram torturando a criança e foram presos por isso. Inicialmente essa senhora não foi presa no dia do flagrante, foi interrogada, posteriormente preso o pai adotivo da criança e após essa prisão, o delegado Eugenio Rudy entendeu por bem representar pela decretação da prisão preventiva, que foi decretada e ela foi localizada aqui e foi presa”, disse o delegado.
“A partir do momento que mesmo que o pai tenha uma intenção de corrigir o filho, ele o agride de uma maneira extremada, ele responderá para um crime de tortura, que é um dos crimes mais graves da administração penal brasileira, então tenham cuidado que quando não estiverem dando conta de corrigir os seus filhos, ou de acertar o comportamento deles procure ajuda de psicólogos profissionais na área de saúde, hoje nós temos em todos os municípios do estado, órgãos como o CRAS, o CREAS que pode ajudar esses pais a corrigirem essas crianças sem se valer de uma violência física tão gravosa quanto essa”, acrescentou o delegado Sérgio Ribeiro.
Segundo os policiais civis de Chapada dos Guimarães, que aprofundaram as investigações, descobriram que a criança não apenas sofria maus-tratos, como era submetida a torturas diárias pelos tios, os quais chamava de pai e mãe. Segundo testemunhas, a vítima era colocada de joelhos, por horas, em cima de pedras e grãos de milho, além de sofrer espancamentos frequentes.
Durante as investigações, a Polícia Civil apontou que também ficou claro que os atos de violência eram praticados tanto pelo tio quanto pela tia, que criavam o menino desde os seus nove meses.
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