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Indústrias madeireiras em Sinop devem crescer até 5% com a dispensa do ICMS em toras, diz presidente do Sindusmad

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O presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Sigfrid Kirsch, o "Zico" avaliou, em entrevista, ao Só Notícias, que a lei de dispensa de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sancionada pelo governador Pedro Taques (PSDB), ontem à tarde, na aquisição de madeira em toras, pelas indústrias, deve garantir um avanço grande ao setor de base florestal. Zico previu que a medida proporcionará crescimento de até 5% nos investimentos das empresas.

“É um avanço muito grande. Era algo que estava inviabilizando o setor de base florestal e tinha que fazer essa mudança. Era uma cobrança antiga do setor. Estávamos lutando para que ocorresse essa dispensa há mais de dois anos. Essa isenção faz uma diferença muito grande para as empresas. Com essa dispensa o setor poderá voltar a crescer mais rápido. Os empresários já não estavam mais fazendo investimentos, estava inviável. Agora, se cria uma expectativa de crescimento com a compra de maquinários e, com isso, geração de novos empregos. Na região de Sinop, os investimentos devem crescer até 5% nós próximos meses”, disse Kirsch.

A isenção vale tanto para toras originadas de florestas plantadas quanto nativas – no caso de projetos de manejo florestal –, desde que a produção também seja no Estado. Mato Grosso possui 60% da sua cobertura florestal conservada. Desse total, 3,2 milhões de hectares passam pelo Manejo Florestal Sustentável, o que prova ser possível conciliar desenvolvimento econômico com conservação ambiental. Levantamento do Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal (FNBF) indica que, atualmente, existem R$ 214 bilhões de ativo florestal na Amazônia e 28% desse montante está no Estado.

Conforme Só Notícias já informou, a lei é de 1º de dezembro, com efeitos retroativos a 5 de maio do ano passado, e busca incentivar a industrialização, fomentando a agregação de valor à madeira produzida em Mato Grosso. A aprovação foi celebrada pelo setor de base florestal, que defendia essa isenção como forma de potencializar o beneficiamento local da madeira.

O secretário de Fazenda, Gustavo de Oliveira considera que a medida do governo agrega o máximo de valor possível aos produtos mato-grossenses antes que sigam para o mercado nacional ou para a exportação. “Com essa isenção, pode parecer que o Estado perderia receita, mas na verdade o Estado ganha muita receita, porque serão gerados empregos aqui, será agregado valor aqui. Essa é uma diretriz da matriz econômica que tem que ser desenvolvida em Mato Grosso. O setor de base florestal precisa ter mecanismos claros para industrialização e agregação de valor. Tirar tora bruta do Estado não gera quase nada para a economia”, esclareceu.

(Atualizada às 08:49h)

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