Uma base operacional será construída no quilômetro 100 da Transpantaneira, no município de Poconé (125 km de Cuiabá) e outra em Corumbá (MS) para o enfrentamento dos incêndios florestais no Pantanal. A decisão foi tomada, ontem, na reunião de trabalho que debateu as ações e planejamento integrado, com representantes dos governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Governo Federal, que avançaram na identificação de prioridades, análise da situação e articulação das ações de campo.
O governador Mauro Mendes destacou que a seca no Pantanal é uma situação real e de responsabilidade de todos “Precisamos dar respostas e olhar o problema e reconhecer que algo de diferente precisa ser feito. O Pantanal não é mais o mesmo de 20, 30 anos atrás. Há muitos anos que o bioma não vive uma grande cheia e as perspectivas não são das melhores”, afirmou. “O governo sempre será parceiro no trabalho correto e busca competências e responsabilidades. O problema é atual e está diante de nós. Por isso, estamos todos aqui para achar uma solução de um problema que será recorrente ao longo dos anos”, declarou.
A secretária de Meio Ambiente de Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, explicou que essa base será um ponto focal de onde todas as entidades envolvidas estarão atuando de forma integrada e cooperada. “Com essa integração de esforços, nós vamos dar a melhor resposta para mitigar os efeitos dos incêndios florestais que já estão acontecendo aqui em Mato Grosso”, declarou.
A secretária destacou que um incêndio de proporções significativas está ocorrendo na região de Cáceres e sendo combatido, assim como em Mato Grosso do Sul, na região de Corumbá. “Acreditamos que a melhor estratégia é somar os esforços, integrando as ações federais e estaduais para que esse enfrentamento possa ampliar ao máximo os efeitos que estão previstos”.
Ela apontou ainda o investimento do Governo do Estado de mais de R$ 74,5 milhões, que tem se mostrado eficiente “Melhoramos as ações de resposta e responsabilização, mas o desafio continua e tendo em vista que neste ano as previsões apontam para cenários críticos. Mato Grosso vem executando o Plano de Ação de Combate ao Desmatamento Ilegal e Incêndios Florestais ao longo de 2024. O recurso está sendo aplicado na gestão compartilhada, monitoramento com satélites, responsabilização, fiscalização, prevenção e combate e proteção da fauna”.
O secretário extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial no Ministério do Meio Ambiente, André Lima, afirmou que até o dia 20 de julho será consolidado um plano com mecanismos, mesas, salas de situação integradas efetivamente. Nessa estratégia de cooperação, a coordenação será pela sala federal de situação que é coordenada pelo ministro da Casa Civil. “Essa cadeia de comando envolverá níveis diferentes de intervenção, o federal, estadual e os municipais que já estão decretando situação de emergência para poder utilizar de maneira mais rápida os recursos da Defesa Civil”, afirmou.