A Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá deflagrou, esta manhã, a Operação Fashion Scam, cumprindo cinco ordens judiciais, tendo como alvo um homem que se apresentava como diretor artístico para obter dinheiro de vítimas para supostos ensaios fotográficos e contratos publicitários internacionais. Dois mandatos de busca e apreensão, duas medidas cautelares diversas e um de suspensão de atividade comercial são cumpridos em São Paulo. As buscas, coordenadas pelo delegado Vinícius Nazário, resultaram na apreensão de aparelhos celulares, notebook e tablet.
As investigações iniciaram em janeiro, quando a vítima procurou a Polícia Civil em Cuiabá para comunicar que uma pessoa que se passava por diretor visual e artístico havia entrado em contato com ela, por meio do aplicativo Instagram, se dizendo interessado em trabalhar em parceria. No período em que conversaram, o suspeito demonstrou vasto conhecimento e disse que era vinculado a importantes revistas e agências de publicidade internacionais. A polícia informa que, após algum tempo as tratativas passaram a ser realizadas pelo WhatsApp, quando o suspeito passou a propor a realização de ensaios fotográficos para revistas internacionais, solicitando à vítima transferências de valores para pagamento de despesas com fotógrafos, maquiadores e outros profissionais que estariam envolvidos. Acreditando nas promessas feitas pelo suposto diretor artístico, a vítima fez diversas transferências de valores ao suspeito, aproximadamente R$ 300 mil.
O delegado de polícia Marcelo Martins Torhacs instaurou inquérito policial para apuração dos fatos, sendo representado pelas ordens de prisão contra o investigado, que foram deferidas pela justiça. A polícia informa ainda que o suspeito responde por outros crimes semelhantes, sendo encontradas matérias jornalísticas, em que ele agiu de modo semelhante, “causando prejuízos expressivos a outras vítimas”.
O material apreendido passará por análise e as investigações seguem em andamento para identificar outras possíveis vítimas do investigado e a participação de outros envolvidos, acrescenta a assessoria.
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