O Tribunal de Contas de Mato Grosso iniciou, na 6ª, análise detalhada dos 13 consórcios intermunicipais de saúde que atuam no estado. O presidente, conselheiro Sérgio Ricardo, ouviu relatos dos gargalos do setor e foram discutidas estratégias para uma gestão mais eficiente dos serviços. “Vemos que todos têm problemas, tanto as cidades grandes quanto as pequenas. O problema é planejamento, tem que se planejar mais e ter o quadro real de cada município, com as dificuldades e possibilidades de cada um”, disse o presidente. A logística e a compra de cirurgias foram apontadas como as principais dificuldades enfrentadas pelos 125 municípios consorciados, que sofrem com as longas distâncias entre as regiões do Estado e alto custo de deslocamento, muitas vezes, superior ao próprio valor dos procedimentos. Uma das grandes dificuldades foi citada pela presidente do Consórcio Vale do Juruena, Carla Viviane Berté Dalberto. Municípios só conseguem comprar cirurgias de alta complexidade em hospitais em Cuiabá. “Tem municípios que demoram até um dia inteiro para chegar até Juína e, de lá, ainda têm que trazer o paciente para Cuiabá, o que leva mais de 12 horas. Então, essa compra tinha que ser feita lá em Juína”, defendeu. Demais presentes de consórcios também apresentaram outras reivindicações para agilizar os atendimentos.