Dois filmes de curta-metragem viabilizados via edital do Audiovisual, da secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso serão lançados nesta semana. O ficcional “Mansos” terá primeira exibição ao público hoje, às 18h30, no Cine Teatro Cuiabá. Amanhã, será a estreia do documentário “Afetos – a tela mágica”, às 19h, em Barra do Garças. As apresentações têm entrada gratuita.
O curta-metragem de ficção Mansos conta a história de Teresa, agricultora familiar e líder comunitária, assassinada na frente das duas filhas ainda crianças. Elas crescem e, 20 anos depois, as personagens Benedita e Jurema se deparam com o assassino e responsável pela tragédia familiar.
De acordo com Juliana Segóvia, diretora e roteirista do curta, Mansos aborda a questão da memória e do apagamento da história da população negra, trazendo referências pessoais e profissionais. Protagonizado por mulheres, o nome da matriarca é inspirado na rainha quilombola Teresa de Benguela, e o título do filme é uma homenagem ao local onde se passa a história, além de uma provocação ao público. O curta foi filmado em Cuiabá, Várzea Grande e no distrito de Água Fria, em Chapada dos Guimarães.
“O enredo traça uma perspectiva de uma vingança simbólica. A personagem principal, Benedita, segue esse percurso. E também teve inspiração das mulheres fortes que perpassam a minha vida e que enfrentaram inúmeras dificuldades na vida”, explica Juliana.
O filme tem 20 minutos de duração e é produzido pelo Aquilombamento Audiovisual Quariterê, que atua na inclusão de profissionais do audiovisual a partir de uma perspectiva de raça e gênero.
Já em Barra do Garças ocorre o lançamento do filme Afetos – a tela mágica. A apresentação será no Anfiteatro Fernando Peres de Farias, na sede da prefeitura, às 19h, com entrada gratuita. Após a exibição, haverá bate-papo com a diretora e roteirista do filme, Aliana Camargo. A ação de estreia do documentário inclui sessões especiais, nos dias 28 e 29 de maio, para 400 professores da rede municipal de ensino.
O documentário de 20 minutos trata da problematização do uso de telas na infância, debatendo a relação de crianças e jovens com as tecnologias digitais e como isso impacta na vida deles. O curta traz relatos de oito crianças e a opinião de especialistas das áreas de educação, psicologia e sociologia sobre o tema.
“Para a formação dessa criança como ser social, dotado de personalidade, é importante estarmos atentos ao que ela vê e consome na cultura digital. É o adulto quem deve definir o que a criança vai ver ou não. A criança tem muito forte dentro dela o querer e o sentir, o pensar ainda não está refinado, é o adulto quem faz esse papel mediador”, comenta Aliana.