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O voto do pobre ou rico tem mesmo peso

Wilson Carlos Fuáh – economista, especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas - fale com o Autor: [email protected]
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O país está passando sua história a limpo e os momentos de crise moral, ética e econômico-financeira, estão provocando a necessidade de transformação através das ações silenciosas vindo das urnas eletrônicas, que é poder do povo para promover a revolução democrática, e assim, promovendo uma limpeza dos quadros políticos, com reações em função de inúmeras consequências em nosso meio social, e que vão se arrastando por décadas.
               
A crise em si, deixará um  legado positivo a nossa população, desenvolvendo  um processo  de   “politização ” espontânea do povo esperançoso  por uma nação democrática e organizada para promover o descarte de tudo aquilo que a eleição produz e fabrica: se não produziu, se não exerceu suas ações politicas com ética e honestidade, não tem o direito de ser reeleito, o mal político tem vida curta no exercício do cargo, pois cabe ao eleitor renovar o quadro político de eleição em eleição.
            
Percebemos que gradativamente, frente ao tumulto político instalado, e independente da classe social, as pessoas passaram a buscar maiores conhecimentos sobre o  contexto político-social e econômico  em que vivem, bem como,  estão se instruindo sobre a forma sistemática do funcionamento das nossas instituições públicas, tais como: poderes constituídos ( Câmara Federal e Senado); poder judiciário e poder executivo, e diante dessa conscientização, estão posicionando como cidadãs e cidadãos brasileiros, sabendo que o barulho das ruas, os quebra-quebras,  e destruição de bens públicos não se chega ao poder, o verdadeiro poder do povo está no seu voto, e no segredo as urnas trará o resultado esperado através da democracia, que dispõe aos eleitores amplos direitos e deveres, e cabe aos candidatos não eleitos aceitar o resultados e seguir para o mundo do ostracismo.      

Hoje a população acompanha tudo que acontece, são tantas informações, que todas as camadas da população, mesmo sem ter uma formação superior, sabe o que está acontecendo, são notícias e análises sobre: Recessão, PIB em queda ou em alta, corrupção em alta em todos os níveis nos poderes constituídos, taxa de desemprego aumentando ou diminuindo, inflação crescente ou decrescente, diminuição da pobreza, valorização da nossa moeda, baixo desempenho econômico, aumento da violência e da insegurança urbana e rural, dentre outros sinais de alerta que os eleitores podem fazer suas decisões quando for chamado para exercer seu poder do voto, não existe um regime melhor do que o democrático, pois neste: o voto do pobre tem o mesmo peso do voto do rico.    
         
O cenário do mundo político, sujo e desonesto, constituído por personagens que optaram pelo “vale-tudo”, e que sempre antes de concluir um mandato, já estão se articulando e se estruturando, pensando em novas disputas e principalmente para não correr o risco de ficarem longe do poder  e  perder do  “fórum privilegiado” que  poderia acarretar o surgimento  de situações adversas e indesejáveis na caminhada na “contra mão” do poder.
         
Usando da filosofia, “cada um por si”, com certeza o caos refletirá para todos, pois os aventureiros da política de plantão se instalarão nos postos de decisões e promoverão dentro de um contexto medíocre e estreito o controle social, prejudicando sobremaneira a nossa sociedade.
     
Na política devemos ter o cuidado e a capacidade de discernir o que é certo do que é errado, com a clareza de que nenhuma verdade é absoluta ou  inquestionável. O limiar entre o que é ético e antiético fica condicionado aos valores edificados na base familiar de cada um, e  em nosso linguajar, alguns até dá o tom em caracterizar e identificar o povo menos consciente, classificando-os  com o  sinônimo de “bobó cheira-cheira”, ou ” otários “,  mas quem viver, por certo verá o desaparecimento desses personagens e enfrentarão uma nova onda de posicionando através do voto e que será uma manifestação no segredo das urnas eletrônicas, e virá o resultado dos carentes   por justiça social e ética na política, tenha certeza que país está sendo politizado por força das crises: só aprendemos votar, repetindo o exercício democrático de manifestar nossa decisão no segredo e no silêncio das urnas.

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