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Professores da UFMT rejeitam proposta do governo federal e greve continua

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A maioria dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiu rejeitar a proposta do governo federal e continuar com a greve iniciada na última segunda-feira (21). Pela proposta do governo, apresentada em maio, os docentes teriam aumento de 13,3% a 31% até 2026. Os reajustes, entretanto, só começariam a ser aplicados em 2025.

De acordo com o professor Aldi Nestor de Souza, a categoria não abre mão de um reajuste ainda em 2024, ainda que seja apenas para compensar as perdas inflacionárias. Só Notícias apurou também que os docentes buscam mais 22% de reajuste relacionados às perdas de inflação que não foram pagas pelo Executivo até 2023.

“Em linhas gerais, o que a gente aprovou foi a recomposição salarial, a partir da inflação, inclusive, não admitindo 0% em 2024. Que este ano a gente garanta pelo menos a perda inflacionária. Além de ser contrário à proposta, a gente fez um amplo debate com encaminhamentos, com relação aos próximos passos. Um deles é de mesas permanentes com relação à carreira e ao orçamento. Também um dispositivo para reajustes automáticos das perdas por conta da inflação”, detalhou Aldi.

Já a professora Haya Del Bel explicou que os professores aprovaram estado de assembleia geral permanente. “Isso significa que a gente não precisa mais convocar com 72 horas de antecedência. Podemos convocar com 24 horas de antecedência”, disse a docente. 

Conforme a proposta rejeitada pelos professores, os índices de reajuste deixariam de ser unificados e variariam com base na categoria. Os que ganham mais teriam o aumento mínimo de 13,3%. Quem recebe menos ganharia o reajuste máximo de 31%. Com o reajuste linear de 9% concedido ao funcionalismo federal em 2023, o aumento total ficaria entre 23% e 43% no acumulado de quatro anos, informou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Para a categoria, a proposta do Governo Federal é enganosa, “pois incluiu entre os 13 e 31%, conquistas já obtidas, como os 9% de 2023, e também os percentuais que são legalmente adquiridos com os steps entre níveis de progressão”.

Conforme Só Notícias já informou, o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) também está em greve. Conforme Só Notícias já informou, 18 unidades da instituição aderiram ao movimento. Além de uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os servidores pedem também reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes, a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

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