A Rede Mato-grossense de Bancos de Leite Humano, coordenada pela secretaria estadual de Saúde, prestou assistência a 414 bebês prematuros internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais durante o primeiro trimestre deste ano. De acordo com o relatório divulgado, somente nos três primeiros meses deste ano, foram doados 779,9 litros de leite por 570 mães e pessoas que amamentam, em sete unidades de coleta. A quantidade de leite doado em 2024 aponta para um aumento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, foram realizados 4.254 atendimentos individuais ou em grupo, acompanhadas 600 visitas domiciliares e houve a distribuição de 430 frascos de vidro destinados ao armazenamento e distribuição do leite.
O nutricionista e integrante da equipe de Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável da SES, Rodrigo Carvalho, ressalta a importância da amamentação para a saúde dos bebês e também de quem amamenta. “A amamentação tem inúmeros benefícios. Todos os anos, pode salvar cerca de 800 mil crianças menores de 5 anos de mortes ocasionadas por infecções e 20 mil mulheres de mortes ocasionadas por câncer de mama”, comenta.
A amamentação é recomendada por 2 anos ou mais e de forma exclusiva até os 6 meses, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.
Para doar, é necessário que toda mulher ou pessoa que amamenta esteja saudável e não faça uso de medicamentos ou substâncias contraindicadas durante o período de amamentação. A pessoa que atender a esses critérios está elegível para a doação, que pode ser de qualquer quantidade.
No total, Mato Grosso dispõe de sete pontos de coleta, que estão distribuídos entre os municípios de: Cuiabá (Hospital Geral, Hospital Universitário Júlio Muller, Hospital e Maternidade Femina e Hospital Beneficente Santa Helena), Rondonópolis (Santa Casa de Misericórdia), Tangará da Serra (Hospital Santa Ângela) e Lucas do Rio Verde (Hospital São Lucas).
O nutricionista chama a atenção para a importância das doações, para que elas cheguem a mais bebês. “Atualmente as nossas unidades conseguem atender apenas as demandas diárias dos bebês prematuros internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais, por isso as doações são muito importantes”, finalizou.
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