Quando o relógio do árbitro girou para o sexto minuto de jogo, o torcedor atleticano pensou que teria o mesmo pesadelo que vem tendo na temporada, com derrotas em Belo Horizonte. Isso porque o Dragão abriu o placar. O desfecho, no entanto, foi especial: no duelo dos atléticos, o Galo venceu o Atlético-GO, por 3 a 2, de virada, na noite desta quinta-feira, no Independência.
O torcedor que ficou ansioso ainda viu o Atlético-GO marcar o segundo gol e o Galo ficar atrás do placar por duas vezes. No segundo tempo, no entanto, brilhou a estrela do técnico Oswaldo Oliveira que mandou Luan para o gramado e mudou a história do jogo.
O resultado deixa o Galo com 45 pontos, na 10ª colocação e com esperança de alcançar uma vaga entre os primeiros colocados e ficar entre os times que vão disputar a Copa Libertadores 2018. Pelo lado goiano da história, o Dragão já planeja sua próxima temporada na segunda divisão.
Na próxima rodada, o Atlético vai até a Arena Fonte Nova duelar contra o Bahia, no domingo, às 18h (de Brasília). O Atlético-GO recebe o Sport, no mesmo dia, às 17h.
Primeiro tempo
Quem achou que o Atlético-GO não queria mais nada com o Campeonato Brasileiro. Pelos lados de Goiás, ainda há esperança. A equipe, de acordo com o site Chance de Gol, entrou em campo com 99,8% de chance de queda para a série B. Então, mãos a obra.
Logo aos 5 minutos, o Dragão chegou ao primeiro gol. Em boa jogada trabalhada pela direita, Jorginho, na direita, cruzou para Diego Rosa colocar para o fundo das redes.
Após o tento, a torcida do Atlético puxou o grito: “ohhhhhh, vai pra cima deles, Galo”. E o time em campo atendeu o pedido. Buscou o ataque. A equipe preto e branca tinha Robinho mais pelo meio ou caindo pela esquerda intercalando com Cazares e Valdívia.
Aos 15, o Galo conseguiu um pênalti. Em cruzamento na área, o árbitro observou que o braço de Gilvan no rosto do camisa 9 atleticano e marcou o pênalti. Na cobrança, Fábio Santos, com bastante categoria conseguiu afundar as redes e arrancar o melhor grito do atleticano.
No entanto, a coisa passou a não funcionar mais. O Galo até conseguia ter a bola nos pés, mas a grande desorganização fazia com que a posse fosse inútil. A bola girava e terminava com algum erro ou cruzamento sem sentido para Fred. Robinho estava pouco inspirado. Cazares também. Valdívia se dedicava bastante, inclusive, na recomposição, mas era pouco para avançar.
Aos 26, porém, um novo balde de água fria. O Atlético-GO tinha uma boa falta e Andrigo foi para a cobrança. A bola pegou na barreira e voltou novamente pra ele. De primeira, o jogador conseguiu colocar a bola no canto esquerdo do goleiro Victor.
O Atlético-GO seguiu com sua postura fechada em campo. A equipe visitante tinha uma primeira linha de marcação com cinco jogadores, algo que dificultava bastante as investidas alvinegras. O detalhe é que o time goiano conseguia chegar com facilidade e assustava bastante.
A partida nos minutos finais tomou proporções violentas. O Atlético se irritou com atitudes do juiz e a situação ficou complicada.
Segundo tempo
O Galo voltou do intervalo com duas alterações. O meia Cazares deu vaga para Luan e Adilson, que deixou o gramado sangrando bastante e precisou de quatro pontos por um corte no local, saiu para a entrada de Yago.
Não demorou para o dedo de Oswaldo funcionar. Em cruzamento na área, feito por Marcos Rocha, Luan conseguiu o desvio de cabeça e colocou no fundo das redes.
A presença de Luan em campo mudou o jeito do Galo jogar. O atleta atuava pela direita, auxiliando Marcos Rocha na recomposição. Com o empate no placar, o Galo partiu com tudo para conseguir a virada.
Aos 19 minutos, Fred recebeu a bola na entrada da área, mais pela direita, e tentou o cruzamento. A bola desviou no meio do caminho e passou por cima do goleiro e parou no fundo das redes.
O Atlético-GO sentia falta de Andrigo que deixou o gramado com problemas físicos. Já o Galo conseguiu segurar o placar e comemorou a oportunidade de seguir vivo na luta pela Liberta.