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Tribunal mantém presa acusada de matar homem no Nortão por querer “relacionamento exclusivo”

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O Tribunal de Justiça negou o recurso apresentado pela defesa de uma garota de programa acusada de assassinar Carlos Roberto de Oliveira, 43 anos. A vítima foi morta com dois tiros, em maio de 2022, em uma estrada vicinal do município de Tabaporã (185 quilômetros de Sinop).

Só Notícias apurou que a defesa apontou “constrangimento ilegal”, já que a prisão teria sido mantida “à mingua de fundamentação inidônea, especialmente diante da ausência de periculum libertatis”. A defesa também afirmou que a suspeita, que é portadora de HIV, está acometida de várias enfermidades, “pelo que se revelaria inadequada sua permanência em cárcere cautelar”. Os argumentos, no entanto, não convenceram os desembargadores da Terceira Câmara Criminal, que mantiveram a prisão.

“Nesse cenário, concluo que não se encontra comprovada nos autos a impossibilidade de acesso, pela paciente, às medicações e cuidados indispensáveis ao seu tratamento, tampouco a inadequação da unidade prisional às suas demandas de saúde. Dessa forma, por conseguinte, entendo que inexiste flagrante ilegalidade capaz de ensejar a concessão da ordem”, disse o relator, Gilberto Giraldelli.

O julgamento da suspeita está marcado para a próxima segunda-feira (29). À Polícia Civil, ela confessou o crime e alegou que Carlos a convidou para morar com ele, porém, continuava saindo com outras mulheres. A acusada detalhou que levou a vítima até a estrada vicinal, onde ficaram bebendo cerveja. Quando Carlos dormiu, a suspeita atirou duas vezes nele.

A mulher ainda contou que ficou ao lado do corpo por cerca de uma hora, pois Carlos ainda estava agonizando. Questionada, confirmou que poderia ter disparado mais vezes, mas que achou “mais cômodo” esperar a vítima morrer, porque “munição é cara”. À Justiça, porém, mudou a versão, e afirmou que matou a vítima para se defender de um abuso sexual.

A acusada foi localizada um dia depois do crime. Carlos trabalhava em serviços gerais em Tabaporã.

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