Feriadão prolongado, muita gente fora da Capital para curtir a praia ou a calmaria do interior, mas 43.724 pessoas – a esmagadora maioria tricolor – escolheram ir Morumbi para apoiar, sofrer e, no fim, amargar um empate do São Paulo com a Ponte Preta. De volta ao Cícero Pompeu de Toledo após quase um mês, a equipe de Dorival Júnior decepcionou mais uma vez e acabou ficando no 2 a 2 com a Macaca mesmo depois de abrir dois gols de vantagem no placar.
O alívio para uma noite de sábado fora da zona de rebaixamento não aconteceu e, pior, a situação pode piorar nesse domingo, quando o Avaí visitará o Sport na Ilha do Retiro e a Chapecoense receberá Cruzeiro pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Falando em zona de rebaixamento, fica difícil entender porque o São Paulo entrou em campo nessa condição se olharmos apenas o primeiro tempo. Militão ‘jantou’ Lucca na lateral direita, Lucas Fernandes jogou como um veterano. Flutuou, como Dorival tanto pede a Cueva, banco nesse sábado, armou, finalizou e sofreu a falta que originou o primeiro gol do jogo.
Pela setima vez nos últimos sete jogos, Hernanes foi às redes, e de novo em uma golaço de falta. Dessa vez a bola tomou o capricho de tocar no travessão antes de entrar, só para dar mais plasticidade ao lance do Profeta.
Gilson Kleina percebeu que precisava mexer para não ser goleado. A derrota magra até ali estava barata. Então, Léo Gamalho entrou na vaga de Elton para fazer companhia a Emerson Sheik, tão isolado no ataque durante toda a etapa inicial.
Não adiantou. O São Paulo, sob a batuta de Hernanes e Lucas Fernandes, continuou melhor e chegou ao segundo gol de forma merecida, mas inusitada. Aranha saiu do gol completamente atrasado e perdeu no alto para o estreante zagueiro Bruno Alves. O gol deu a sensação de que o jogo estava liquidado.
Engano. E que engano. A reação da Ponte Preta começou quando Sidão espalmou uma cabeçada a queima roupa de Luan Peres. Na sequência, um bate rebate incrível dentro da área resultou em pênalti para a Macaca e expulsão de Jucilei. O volante, mesmo caído no chão, evitou o gol de Naldo com o braço. Danilo não desperdiçou a chance na cobrança da penalidade e colocou a Ponte no jogo.
Com um a menos, o São Paulo se perdeu em campo. Não demorou e, após alguns avisos, a Ponte Preta chegou ao empate com Léo Gamalho, de cabeça. O Morumbi silenciou. Nem mesmo críticas eram possíveis ser ouvidas.
Antes do apito final, Sidão ainda evitou o pior, a trave colaborou e o São Paulo, por muito pouco, não levou uma virada histórica diante de seu torcedor. Agora, ao Tricolor, 24 pontos e 19º colocado, resta pensar no Vitória, desafio de domingo, em Salvador. Já a Ponte Preta, 13ª com 28 pontos, terá a chance de embalar em casa, contra o Atlético-GO.