A cobra coral (do gênero micrurus corallinus) com cerca de 1 metro foi avistada em área de passeio público, ontem de manhã, na avenida C, no bairro Setor C. O caso foi relatado por terceiros e não houve registro de incidentes envolvendo o réptil, segundo o Corpo de Bombeiros. Consta, no boletim de ocorrência, que populares realizavam caminhada e avistaram a serpente sobre a calçada.
Temendo a possibilidade de ataques a outros frequentadores e animas domésticos na localidade, acionaram os militares. A contenção foi feita com o uso de equipamentos convencionais como gancho e pinça de manejo. Em seguida, após ser constatado que estava em condições saudáveis, foi colocada em recipiente de transporte e encaminhada para área de mata.
De acordo com dados do Instituto Butantan, a espécie é a mais peçonhenta em território brasileiro, possuindo toxinas que afetam diretamente o sistema nervoso. Os primeiros sintomas costumam ser determinados pela dormência no local da picada, visão turva e dificuldade na fala. Conforme progride, pode levar à paralisia de órgãos vitais como coração e diafragma (auxilia a respiração).
No entanto, o animal também age de forma pacífica e tímida, vivendo em florestas com grande concentração de vegetação rasteira. Suas mais de 32 variações estão distribuídas nas regiões do Maranhão, Amapá, Pará, Mato Grosso e outras localidades. Já sua alimentação vai desde o consumo de lagartos e anfíbios, até outras serpentes que estão presentes no mesmo nicho.
Algumas cobras da família Colubridae, segundo apontado pelo Ministério da Saúde, podem mimetizar sua coloração, sendo conhecidas como falsas corais. “Embora possuem glândulas de veneno, os envenenamentos causados pelas falsas corais não são de importância em saúde”, detalhou a pasta.
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