A Chapecoense não conseguiu se livrar da possível eliminação na fase de grupos da Libertadores por conta da escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio. Após apresentar sua defesa presencialmente na Conmebol, a equipe catarinense não conseguiu provar sua inocência à entidade e teve seus três pontos conquistados na vitória sobre o Lanús retirados e dados ao rival argentino nesta terça-feira. Com isso, não há mais chances matemáticas do Verdão do Oeste avançar no torneio continental.
Com a vitória na Argentina por 2 a 1, a Chapecoense foi a sete pontos e se manteve viva na luta pela classificação às oitavas de final da Libertadores, no entanto, o resultado da partida foi anulado e a Conmebol resolveu repassar os três pontos da vitória ao Lanús, estabelecendo um placar fantasia de 3 a 0 a favor dos argentinos.
Apesar do julgamento da Conmebol, a Chapecoense poderá recorrer em sete dias ao Comitê de Apelações da entidade. O clube corre contra o tempo, já que o sorteio que definirá os duelos da próxima fase da Libertadores acontece no dia 7 de junho, na cidade paraguaia de Luque.
A decisão da Conmebol também pode afetar o desempenho técnico do time de Vágner Mancini, que entra em campo nesta terça-feira contra o Zulia, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores, um tanto quanto desmotivado. A partida acontece às 19h30 (de Brasília), na Arena Condá.
Enfrentando o Lanús pela quinta rodada da fase de grupos da Libertadores, a Chapecoense foi a campo com o zagueiro Luiz Otávio, que havia sido expulso na rodada anterior, contra o Nacional, do Uruguai. Entre essas duas partidas a equipe catarinense disputou a Recopa Sul-Americana contra o Atlético Nacional e não acionou o defensor, acreditando que ele teria que cumprir sua suspensão automática já no duelo com os colombianos.
Alegando não ter sido notificada da punição de três jogos, a Chapecoense só teria recebido a informação minutos antes da partida contra o Lanús, quando o delegado do jogo avisou que o zagueiro Luiz Otávio não poderia jogar. Sem confiar na autoridade da Conmebol, o clube bancou a presença do defensor, que acabou marcando o gol da vitória da Chape na Argentina.
Ao contrário do que é feito em julgamentos desportivos no Brasil, a Conmebol exigiu que a defesa da Chapecoense protocolasse uma defesa e a enviasse por e-mail. Posteriormente os advogados do clube catarinense até conseguiram que uma audiência presencial acontecesse, no entanto, o encontro não foi o suficiente para que a situação fosse revertida.