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Peso da camisa é trunfo do Timão em decisões contra “zebras”

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“Camisa pesa”. Essa é uma famosa frase entre tantas que acompanham o futebol no mundo todo desde seus momentos mais embrionários. A tal expressão, que vira e mexe é motivo de discórdia e provocação entre rivais, é normalmente usada para distinguir ou justificar prognósticos e resultados de confrontos entre times de maior tradição, que detêm uma rica história de conquistas e ainda contam com grandes torcidas e forte apelo midiático, e aqueles clubes que têm uma história mais enxuta no futebol, com estruturas modestas e um espaço de repercussão reduzido.

Para muitas pessoas que convivem no meio do futebol, o clube grande sempre carrega uma responsabilidade a mais quando tem pela frente um adversário de dimensões menores. Essa situação pode inflar o orgulho de alguns, mas também traz consigo a preocupação em ter provar em campo uma expectativa criada antes do apito inicial. Um revés para o dito “azarão”, aquele “que não tem nada a perder”, sempre causa reflexos devastadores.

Na grande decisão do Campeonato Paulista de 2017, o Corinthians acaba carregando esse peso, que beira a obrigação de vencer, apesar de não ter figurado entre os favoritos ao título em nenhum momento da temporada. Nem mesmo a bela campanha da Ponte Preta, que é time de Série A no Campeonato Brasileiro, minimiza a responsabilidade dos corinthianos. Afinal, resumindo apenas para o contexto Estadual, se a Macaca ainda busca seu primeiro troféu, o Timão é dono de uma soberania que pode chegar aos 28 títulos nesse domingo.

O problema para os campineiros é que talvez a tal “camisa pesada” possa dificultar a tarefa do time na busca pelo seu objetivo. Não seria inédito ver um time grande ser batido em uma final para uma equipe de menor expressão. Mas, seria a primeira vez para o Corinthians. O alvinegro do Parque São Jorge nunca perdeu uma decisão de campeonato nessa condição de favorito.

O duelo alvinegro dessa final já se repetiu em 1977 e 1979/80. Além disso, o Corinthians teve o Guarani como adversário na decisão de 1988 e o Botafogo de Ribeirão Preto em 2001. Em todas elas o Timão se sagrou campeão. Em 2002, o Brasiliense foi a grande surpresa que ameaçou o time da Zona Leste na final da Copa do Brasil. Porém, de novo o Corinthians não deu brecha para zebra e levou a taça.

Por outro lado, Palmeiras e Santos já caíram para Inter de Limeira e Ituano, em 1986 e 2014, respectivamente, em finais de Campeonato Paulista. O Verdão, aliás, também perdeu para o grande arquirrival da Ponte Preta, o Guarani, na decisão do Campeonato Brasileiro de 1978.

Em termos nacionais, ainda temos outros exemplos de quedas de grandes clubes em finais. Pela Copa do Brasil, principalmente. Foi na tradicional competição por mata-mata que o Criciúma se tornou campeão em cima do Grêmio em 1991, que o Juventude se sobressaiu contra o Botafogo em 1999, que o Santo André calou o Maracanã e bateu o Flamengo em 2004 e foi onde o Paulista de Jundiaí também entrou para história ao desbancar o Fluminense em 2005.

De todos os vices da história do Corinthians, há quem interprete a derrota para o Sport Recife, na final da Copa do Brasil de 2008, como o grande ‘vexame’ nesse contexto. A equipe rubro-negra, no entanto, é a maior de Pernambuco, tem uma massa de torcedores notável e já chegou a ser campeã brasileira, o que torna a comparação menos desigual, sem um favoritismo tão relevante como nos demais casos ocorridos.

Além desse revés, o Corinthians já amargou vices para o Grêmio, na disputa de título da Copa do Brasil de 2001, e para Internacional, em 1976, Palmeiras, em 1994, e Santos, em 2002, em duelos válidos pelo Brasileirão. Em 1918, 1920 e 1925, quando o futebol paulista ainda era amador, o Timão chegou a terminar os três Estaduais em segundo lugar, atrás de times como Paulistano e A.A. São Bento. Entretanto, essas edições não foram decididas com jogos em caráter de finais, e sim por pontos corridos.

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