Os vereadores aprovaram, no final da manhã, por 16 votos a 8, o requerimento apresentado por Felipe Corrêa e criaram Comissão Processante que vai investigar acusações de desvios de recurso na saúde e pode resultar na cassação do mandato do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que foi afastado do cargo, pela justiça estadual, semana passada, mas obteve liminar do STJ e reassumiu. Os vereadores Edna Sampaio (PT), Rogério Varanda (MDB) e Wilson Kero Kero (Podemos) vão compor a comissão. A escolha foi por sorteio e o próximo passo é decidir presidente, relator e membro.
Emanuel chegou a encaminhar um documento aos parlamentares pedindo que o requerimento não fosse apreciado hoje mas a mesa diretora colocou em votação sendo aprovado em plenário.
O vereador Dilemário Alencar (Podemos), que tem sido um dos principais opositores da gestão de Emanuel, afirmou, em discurso na tribuna, que o Ministério Público Estadual apresentou provas irrefutáveis. “Vamos ficar do lado do povo. Ninguém aguenta mais essa gestão do prefeito Emanuel. A prefeitura virou uma usina de escândalos, que está matando gente nas unidades de saúde. Não quero ficar com minhas mãos sujas”.
Na semana passada, conforme Só Notícias já informou, o vereador Felipe Corrêa, ao protocolar pedido para investigar e afastar o prefeito mencionou que foram 16 operações policiais feitas nas gestões de Emanuel e que outros dois pedidos de impeachment do vereador contra o prefeito ainda precisam ser votados: um sobre a reprovação das contas de 2022 e o outro pelo descumprimento do Executivo da obrigação legal de responder os requerimentos de informações dos vereadores.
Fellipe acrescentou que foi o quinto pedido de cassação do prefeito – dois já foram arquivados por maioria de votos dos vereadores, o primeiro com base na Operação Capistrum, que o afastou do cargo em 2021 (por 37 dias), e o segundo pela “lei do calote”, que pediu autorização para parcelar as dívidas previdenciárias da prefeitura.
Em instantes mais detalhes