A câmara de Diamantino aprovou, ontem à noite, criação da comissão que vai apurar denúncia de suposta corrupção do prefeito Manoel Loureiro Neto (MDB), investigado pela Polícia Civil e Ministério Público. Cinco dos 9 vereadores foram favoráveis ao pedido de cassação. Na votação, houve empate em 4 a 4 e coube ao presidente da câmara, Arnildo Neto (Podemos), desempatar e votou pela abertura da investigação Foram contrários a formação da comissão os vereadores, Adriano Soares Correa (PSB), Alfredo Matheus Keller (PSD), Michele Cristina Carrasco Mauriz (União) e Rosenilda Martins da Silva Pinhata (MDB).
A comissão processante foi formada com a vereadora Michele Cristina (relatora), Alfredo Matheus Keller (presidente) e José Carlos David (membro). O prazo para conclusão dos trabalhos é de 90 dias, informa a Gazeta Digital.
O prefeito é investigado na operação Avaritia, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competências Originárias (Naco), do Ministério Público, em agosto do ano passado. Foram feitas buscas e apreensões na prefeitura e outros locais apurando a construção de uma nova cerca no cemitério, novas salas de aula e a cobertura de uma quadra poliesportiva. Vídeos anexados ao processo, mostram o prefeito contando notas de R$ 100 e R$ 50. Segundo a denúncia do MP, o dinheiro era uma exigência do prefeito para autorizar pagamento de serviços prestados por uma construtora ao município. O vídeo foi apresentado pelo dono da construtora como prova da cobrança que, segundo ele, chegava a 10% do valor do serviço.
Na investigação foram encontradas diversas mensagens que Manoel teria mandado para os empresários que prestam serviços à prefeitura e informa sobre pagamento de notas fiscais e pede que os empresários providenciem ‘os documentos’ que, segundo a investigação do Ministério Público, seriam para ele.
Manoel negou, após a operação, que tivesse exibido propina da empresa.
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