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Sinopense que faz lindas esculturas em madeira ganha prêmios nacionais

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Só Notícias/Kelvin Ramirez (foto: divulgação)

O morador do bairro Gente Feliz, José Carlos Mendes dos Santos, que é limpador de piscinas e nas horas vagas realiza esculturas, vem representando Sinop em exposições pelo Brasil. O prêmio mais recente foi a medalha de ouro na Expo Brasil Amazônia, no ano passado em São Paulo, com a obra Evolução, que foi recentemente vendida para um empresário brasileiro, que reside em Miami (EUA).

“É uma peça que o macaco está preocupado com a destruição da natureza, ele foi pesquisar nos livros e chegou à conclusão de que quem está destruindo a natureza é evolução dele, o ser humano. A escultura em si é o macaco com cara decepção olhando para um crânio humano sentado em cima de um monte de livros”, detalhou ao Só Notícias, José Carlos, sobre a obra que venceu o prêmio nacional.

Segundo Zeca, como é conhecido, o empresário que adquiriu a obra Evolução, já comprou outras obras e está interessado em mais que estão em fase de construção. “Ele vem aqui sempre em Sinop, acompanha o trabalho. Ele gostou muito e comprou ela. Estou fazendo outras peças, tem uma que ele já disse para não vender antes de consultar ele. É uma águia da cabeça branca se coçando, como a águia é o símbolo dos americanos, eu nem terminei a peça e ele está interessado”, disse.

De acordo com o artista, no Estado de Mato Grosso ainda possui dificuldades para divulgar o trabalho. “Faço mentoria da Associação Paulista de Belas Artes em São Paulo, procuramos oportunidade aqui (Mato Grosso), mas é difícil, lá é mais fácil, pois tem a exposição na associação, tem outras e o público é maior. Graças a Deus está dando certo, estou criando outras peças, inclusive com incentivo desse empresário”, explicou.

Zeca também falou sobre a emoção de receber o prêmio da Expo Brasil. “Isso é interessante para região, veio a medalha de ouro, mas não é para mim, é para Sinop. Vamos participar de outras exposições. Eu faço dois trabalhos, sou tratador de piscinas aqui na cidade e cuido das piscinas e nas horas vagas, final de semana, feriado, faço as esculturas. Nunca estudei para isso, tenho a sétima série do ensino fundamental, não tenho formação acadêmica nenhuma. Na exposição todos os outros têm formação, mas isso vai do talento da pessoa e tem que ter a criatividade. Você vê uma escultura, não é eu e falar ‘aquilo é um macaco’ você tem que olhar e definir; é um macaco!. A escultura o artista nunca a termina, sempre vai chegar num ponto que se ele precisar mudar, vai mudar”, acrescentou.

No ateliê com pouco espaço, José utiliza diversas técnicas para realizar as obras. “A escultura é toda de madeira, geralmente as que eu faço são peças únicas. As ferramentas nem sempre a gente compra, nós que temos que fazer, o próprio artista que faz a ferramenta, é um pouco difícil de explicar, são formões e facas. Até esse empresário trouxe de presente final do ano da Suíça um jogo de facas profissional por mil dólares. Fiquei muito grato por uma pessoa valorizar assim. As madeiras geralmente são descartes de madeireiras e donos de sítios”, concluiu.

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