PUBLICIDADE

Agricultor é condenado a 15 anos de prisão por matar agrônomo no Nortão; advogado esperava pena maior

PUBLICIDADE
Só Notícias/Kelvin Ramirez (foto: assessoria/arquivo)

O produtor rural Paulo Faruk de Moraes, de 66 anos, foi condenado ontem à noite, em júri popular na comarca de Portos dos Gaúchos (238 km de Sinop), a 15 anos de reclusão, pelo assassinato do agrônomo Silas Henrique Palmieri Maia, 33. O julgamento iniciou às 9 horas e foi encerrado por volta das 23 horas. Os jurados acataram a denúncia da promotoria e o juiz Fabricio Savazzi Bertoncini aplicou a pena. Ele decidiu que o condenado ficará em liberdade até que seja julgado recurso de apelação.

O juiz decidiu que o réu deveria ser levado a julgamento por homicídio duplamente qualificado, cometido por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. No entanto, o Tribunal de Justiça derrubou a qualificadora do motivo fútil. Ao Só Notícias, o advogado assistente de acusação, Rogério Pereira, informou que a denúncia apresentada foi homicídio qualificado por recurso que dificultou a vítima, no qual foi decidido durante o conselho de sentença composto por sete mulheres, a pena de 15 anos. Por outro lado, a tese da defesa era de homicídio privilegiado, que o réu agiu impelido por violenta emoção após ato injusto da vítima, que consiste num desconto de pena.

Segundo Rogério, que apresentou a acusação juntamente com a promotora Anízia Tojal Serra Dantas, o réu Paulo Faruk vai continuar em liberdade até que seja julgado o recurso. “O Supremo tem o entendimento que uma vez solto durante o processo, você fica solto durante o recurso, como ele se manteve durante o processo em razão de uma revogação de prisão preventiva, se mantém solto enquanto recorre. Vai apelar para tentar diminuir a pena, não teve incidente dele tentar cancelar o júri. Ele vai tentar reduzir essa pena, enquanto isso aguarda em liberdade”, detalhou.

Rogério também afirmou que esperava pena maior. “A gente acredita que foi saudável a condenação, esperávamos isso, mas acredito que a pena em razão das circunstâncias dos fatos, a pena pudesse ser um pouco mais elevada. Achei a pena baixa, tinha que ser maior, eu fiz requerimento para aumentar, pedi que considerasse outras circunstâncias e o juiz não acatou. Também pedi prisão no final em razão do impedimento do supremo novo, mas o juiz também não acatou e decidiu que ele recorresse em liberdade”, concluiu.

O crime ocorreu em fevereiro de 2019, em um estabelecimento comercial, no distrito Novo Paraná, a cerca de 25 quilômetros de Porto dos Gaúchos (240 quilômetros de Sinop). O agrônomo Silas, que residia em Sinop, foi atingido pelas costas, por tiros, e morreu antes de chegar ao hospital. Paulo Fruk se apresentou na delegacia dias depois e confessou ter cometido o crime após a cobrança de uma dívida. Silas era representante de uma empresa que financiou o custeio da lavoura e estava na propriedade para acompanhar a colheita e cobrar a parte do financiador.

Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui. 

Silas Henrique Palmieri Maia
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Exames laboratoriais em Sinop serão incrementados com R$ 5,4 milhões

O poder executivo vai contratar empresa, via pregão eletrônico,...

Sinop: terminam hoje inscrições de seletivo na Educação com mais de 300 vagas

As inscrições para o processo seletivo simplificado para contratação...
PUBLICIDADE