O presidente do Sindicato Rural de Sinop e vice da Famato (Federação da Agricultura de Mato Grosso), Ilson José Redivo, previu, hoje, durante encontro com mais de 50 representantes de instituições financeiras que os impactos negativos do clima na safra de soja (que está sendo colhida) e de milho devem quase R$ 1,3 bilhão, em sete municípios da região Norte (Sinop, Claudia, Feliz Natal, Marcelândia, Santa Carmem, Vera e União do Sul). “Nós levantamos também que nesses sete municípios abordados, R$ 32 milhões de Fethab deixarão de ser arrecadados para o governo do Estado. Então, significa menos investimentos na nossa região, significa menos atividade comercial, porque esses valores deixarão de circular no comércio local. Vai impactar em toda atividade comercial dos municípios que compõem essa região. Então, o problema está implantado e nós temos que buscar soluções para amenizar esses impactos feitos”, apontou.
O encontro, no sindicato em Sinop, com os representantes de bancos e cooperativas buscou tratar de mecanismos que o produtor rural poderá utilizar para reduzir seus efeitos nos resultados econômicos. “Foi muito produtiva a reunião porque colocamos todos na mesma régua. A gente conversou com todos os agentes financeiros e para criar uma consciência em busca de soluções para o problema implantado”, explicou Redivo, através da assessoria.
Na abertura do encontro, a Embrapa Agrossilvipastoril apresentou aos agentes as principais anomalias climáticas observadas no ano agrícola 2023-24 e as ferramentas agronômicas para mitigá-las. A chefe-geral da Embrapa em Sinop, Laurimar Vendrusculo, explicou onde há essa tendência de processos extremos de temperaturas é preciso preparar no sentido de que não só manejar melhor o solo. “Mas também de criar uma estrutura orgânica, microbiológica adequada para que as plantas tenham mais possibilidade de ter sucesso ou menos perda. A gente não está falando, às vezes, que é sempre 100%, mas se ela segurar 80%, trabalha com isso e ter essas decisões resolutivas do sistema financeiro que façam com que essas ações de financiamento, de custeio, sejam mais efetivas. Estamos engatinhando ainda, com relação ao seguro rural, precisam, não só por parte do produtor, essa consciência de melhor adoção, mas também para os órgãos superiores de seguro rural, da gente melhorar, monitorar essas situações, mas, ao mesmo tempo, diminuir o impacto que essas ações acontecem na produção rural”.
O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) detalhou os principais impactos das anomalias climáticas na safra de soja mato-grossense 2023-24.
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