O número de pessoas desaparecidas teve acréscimo nos registros e também nos localizados, no ano passado. Em Cuiabá e Várzea Grande foram 853 comunicações de pessoas desaparecidas, entre adolescentes, jovens, adultos e idosos acima de 65 anos. Sendo que em 2016 foram 733 registros. Entretanto, segundo a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), o índice de localizados é 92%.
Ainda segundo a DHPP, no ano passado foram 192 registros de garotas com idades até 17 anos e 127 mulheres na faixa de 18 a 64 anos. Os homens, a maior faixa etária de comunicação é entre 18 e 64 anos, com 334 registros. Os adolescentes com idade até 17 anos tiveram 87 registros.
Pessoas acima de 65 anos também tiveram comunicação de desaparecimento, sendo 10 mulheres e 25 homens.
"Conflito familiar é o principal motivo. Em primeiro momento as pessoas não contam, mas, geralmente, é conflito familiar. Quando falamos em adolescente, é a rebeldia que leva a sair de casa. Mas também alertamos para a facilidade com as pessoas acolhem esses menores e não falam nada para os pais”, afirma a delegada coordenadora do Núcleo, Silvia Vírgina Biagi Ferrari, por meio da assesssoria.
De acordo com a delegada, o adulto que abriga menor em sua casa sem autorização do responsável poderá responder pelos crimes de induzimento a fuga ou subtração de incapaz, previsto no código penal.
Para o delegado titular da DHPP, André Renato, um dos fatores do aumento no número de pessoas encontradas é atribuído ao trabalho da equipe do Núcleo de Pessoas Desaparecidas, coordenado pela delegada Sílvia Virgínia Biagi Ferrari.
“Muitas vezes, os próprios familiares não comunicam a Delegacia que esse desaparecido foi localizado. O Núcleo de Pessoas Desaparecidas hoje está fazendo esse trabalho de entrar em contato com a família, após um tempo da comunicação, para verificar se o ente voltou. Isso ajudou a aumentar as estatísticas”, pontuou André.