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Deputados insatisfeitos com esclarecimentos de operadoras na CPI da Telefonia em Mato Grosso

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Só Notícias (foto: Angelo Varela/assessoria)

Gerentes e representantes das operadoras Tim, Claro e Vivo prestaram informações e esclarecimentos, ontem à tarde, aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito da Telefonia, na Assembleia Legislativa, que apuram limitação no sinal, em diversas cidades baixa qualidade e outros problemas. As explicações não convenceram. “As empresas deixaram muito a desejar com as informações fornecidas. Muitas respostas acabaram sendo evasivas, não trouxeram de maneira clara qual o plano de investimento que [empresas de telefonia] pretendem fazer em Mato Grosso, como ampliação das redes e melhoria na qualidade do sinal”, explicou o presidente da CPI, deputado Diego Guimarães (Republicanos). muitas respostas não agradaram e não foram conclusivas, principalmente quanto ao investimento previsto para Mato Grosso.

“Acredito que eles sejam convocados novamente num momento oportuno quando tivermos mais dados coletados pela CPI, como por exemplo, de números de reclamações e cobertura de sinal, para num momento oportuno confrontar com aquilo que eles irão nos enviar de maneira oficial por meio de documentos escritos. O lado positivo é que a CPI acaba constatando quais são os gargalos no estado”, acrescentou.

“Ouvimos os representantes das três maiores operadoras que atendem em Mato Grosso sobre os planos de expansão, quais são os investimentos, e o que tem sido feito e se estão cumprindo os marcos definidos pela Anatel”, disse Guimarães.

A primeira a falar foi a gerente da Claro manifestando que a empresa “está cumprindo todo o cronograma da licitação e estamos à disposição da CPI para tirar todas as dúvidas conforme o edital de licitação.  Os questionamentos são normais e posso mostrar, via documentos, quais são os editais que a operadora terá de cumprir. Temos editais antigos com relação a 3G e 4G que ainda têm um investimento muito grande”, e “recentemente, o edital do 5G”, declarou. A gerente da Claro disse que os equipamentos da empresa ofertados para o Estado de Mato Grosso têm capacidade suficiente para atender a demanda dos serviços.

“Isso é dinâmico, do ponto de vista de infraestrutura e tecnologia, para receber o 5G, mas é todo um processo e tem uma limpeza de faixa também em andamento. Temos um cronograma a ser seguido até 2029. Então não é algo que esteja  complemente pronto para já entrar em operação, mas sim, paulatinamente, que passa por um processo de etapas para ser cumprido”, argumentou.

De acordo Diego Guimarães, um dos focos da CPI é tentar um acordo com as empresas de telefonia em busca da diminuição no tempo previsto para universalização do sinal 4G no Estado. Conforme a Anatel, no leilão de concessão do sinal 5G foi estabelecido que até 2029, 100% do território nacional seja coberto por 4G.

O diretor da Vivo disse que “a cobertura do 5G em Mato Grosso é feita através de um leilão da Anatel, e no Estado, por enquanto, somente o município de Cuiabá poderá ser ativado” acrescentando que em Rondonópolis está praticamente pronto para ser ativado, aguardando apenas a liberação da licença da Anatel. Em Várzea Grande, até ao final do ano, a empresa espera também ativar o programa 5G.

Quanto as constantes reclamações da população pelo serviço ofertado pela operadora, ele disse que “temos resultados de pesquisas do Procon e da Anatel que nos mostram que caminhamos bem na parte de satisfação de boa qualidade”, disse.

A CPI deve marcar mais depoimentos nos próximos dias.

Por isso, Diego Guimarães pediu o desarquivamento da CPI da Telefonia Móvel realizada em 2013. Segundo Guimarães, a medida foi tomada para que a assessoria técnico-jurídica de seu gabinete faça uma análise aprofundada de tudo que foi investigado e quais foram as conclusões que a CPI chegou em relação às metas e os prazos para melhorarem o serviço de telefonia móvel em Mato Grosso.

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