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Pesquisa da UFMT investiga efeito prebiótico do pequi, araticum e baru

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

Uma pesquisa de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Alimentos e Metabolismo da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), câmpus de Cuiabá, estuda o potencial prebiótico – aqueles que podem ser entendidos como alimentos para bactérias benéficas presentes no organismo humano, conferindo efeitos benéficos. O objeto de estudo se debruçou sobre o Pequi, Araticum e Baru, todos frutos do cerrado.

O artigo sobre a pesquisa pode ser visualizado no site da revista científica Letters in Applied Microbiology (LAM), seção emblemática da Applied Microbiology International. Com o tema “Fermentação de subprodutos de araticum, baru e pequi por cepas probióticas: efeitos sobre microrganismos, ácidos graxos de cadeia curta e compostos bioativos”, o trabalho é conduzido por Fellipe Lopes de Oliveira, com orientação da docente da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Sabrina Casarotti. A docente do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Márcia Maria de Souza Moretti, também assina o artigo que apresenta resultados que indicaram um provável efeito prebiótico.

A co-orientadora da pesquisa, docente da UFMT, Maressa Caldeira Morzelle, explica que o estudo fez parte de um projeto universal com financiamento aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Sob a coordenação da docente Sabrina Casarotti, esse projeto foi o início de uma série de pesquisas sobre os efeitos dos subprodutos de frutos do cerrado na microbiota e também no eixo intestino-cérebro. Os resultados indicaram um provável efeito prebiótico para o subproduto de araticum”, ressaltou, complementando que atualmente o projeto segue em análises com animais modelos de obesidade e também para ensaios experimentais utilizando microbiota humana.

Sobre o processo da pesquisa, Fellipe Lopes de Oliveira, contou que contemplaram análises e a codificação do perfil físico-químico. “Entre eles analisamos a quantidade de proteína, fibras, carboidratos, e também alguns compostos como carotenóides, fenólicos, e também seu potencial antioxidante”, destacou, complementando que a pesquisa durou aproximadamente dois anos, no Laboratório de compostos bioativos da Fanut.

Ainda sobre os resultados, o pesquisador ressaltou que apontaram que em relação à composição físico-químico os subprodutos apresentam grande quantidade de fibras. “E isso poderia indicar em potencial prebiótico, mas não podemos extrapolar esses resultados. Além de alto teor de compostos fenólicos e carotenóides, fenólicos, e também alta atividade antioxidante,  e todos usados como fonte de energia para as bactérias probióticas”, explicou, sugerindo que  essas bactérias poderiam usar esses subprodutos como fonte de energia, e seria interessante utilizá-los como possível ingredientes comerciais.

Maressa Caldeira Morzelle,  complementa que pesquisas como essas demonstram que temos muito a explorar no nosso centro-oeste. “Mas é válido ressaltar que a utilização de subprodutos deve ser feita após análise dos fatores anti nutricionistas e da comprovação de segurança de consumo”, disse, através da assessoria da UFMT.

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