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Deputado diz que gestão Silval concedeu reajustes “inconsequentes” ao funcionalismo público

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O deputado estadual, Romoaldo Júnior (PMDB), que foi líder do governo Silval Barbosa na Assembleia, reconheceu que os aumentos concedidos ao funcionalismo na gestão peemedebista foram inconsequentes. A declaração foi dada após ser questionado sobre os reajustes concedidos na gestão passada e que agravaram a crise estadual por qual passa o governo Pedro Taques (PSDB). Segundo Romoaldo, apesar de necessários – os reajustes nas leis de carreiras – a conta chegou e agora tem que ser paga. A avaliação foi feita na última quinta-feira (22), na ocasião na qual o chefe do Executivo entregou 75 ambulâncias aos municípios mato-grossenses.

O deputado argumentou que Silval Barbosa foi um “paizão” para os servidores públicos, contudo essa atitude desembocou na administração de Taques e foi agravada pela crise nacional. “Fui líder do governo de Jaime Campos (DEM) e do Silval Barbosa. O governo Silval foi um ‘paizão’ para todos os servidores. Sem dúvida nenhuma. Só que a conta chegou e tem que ser paga. Fui líder do Silval e me lembro que muitos projetos importantíssimos foram aprovados. Hoje só mostram o que não deu certo”, disse.

O parlamentar argumentou que os aumentos e correções nas carreiras do funcionalismo eram necessários, embora reconheça o prejuízo. “Era preciso, pois tinha categoria que estava há 8 ou 12 anos sem receber um realinhamento nas suas tabelas salariais. Era necessário. Só que teve um impacto e logo a seguir veio a crise. Isso acabou por estourar no governo Taques. Mas não é só culpar o passado, pois se não tirarmos os olhos dos retrovisores, não construiremos o Estado”, ponderou.

Segundo dados do governo, de 2007 a 2015 foram aprovadas 141 leis de carreira que tiveram impacto financeiro nas despesas com pessoal. Segundo as informações, isso fez com que a folha de pagamento tivesse aumento médio de 12% ao ano, acima da inflação. Mato Grosso estourou o limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para gastos com salários em 2015. No mesmo ano, Mato Grosso havia gastado 50,5% da receita com pagamentos de servidores, sendo que o limite máximo era de 49%.

O Executivo também avaliou que caso a aprovação de 14 desses Planos de Cargos e Salários (PCCS) não tivessem sido cumpridos, a despesa com pessoal estaria 2 pontos percentuais abaixo do que está hoje, de modo que o governo fecharia o ano com folga no que diz respeito ao estipulado pela legislação. A equipe técnica da Secretaria de Gestão informou que o comportamento da Receita Corrente Líquida nos últimos nove anos no Estado não cresceu tanto quanto as despesas com pessoal.

O Estado teve acréscimo na sua Receita Corrente se comparado 2015 a 2014 de cerca de 6%, mas a despesa de pessoal cresceu aproximadamente 15%. Segundo o Executivo, nos últimos anos, de 2007 a 2015, a despesa de pessoal cresceu 230% e a receita corrente cresceu 156%.

Apesar de criticar pontos importantes na gestão Silval na entrevista, Romoaldo também saiu em defesa do ex-chefe do Executivo preso e falou sobre a aprovação de projetos que foram importantes para Taques – ainda sob sua liderança. “Por exemplo, o MT integrado. O projeto dessas obras atuais não está sendo feito só com dinheiro próprio. As obras da Copa, que são tão criticadas, o que seria de Cuiabá se não tivessem essa obras e viadutos pela cidade?”, disse o deputado.

“Não está só se fazendo com dinheiro do governo. [Cerca de] 80% a 90% foi de um programa do governo Silval”, reiterou sobre o asfaltamento de rodovias. Apesar de falar nos pontos positivos, Romoaldo citou que a opção de implantar o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi um grande erro. “O VLT foi um erro de todos nós e não só do governo do Silval Barbosa”, criticou o modal de transporte idealizado para a Copa do Mundo de 2014 e que não ficou pronto até hoje.

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