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Chefe do GAECO diz que novas operações podem ser feitas em MT após delação de empreiteiro

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O promotor Marco Aurélio de Castro, coordenador do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) disse, esta tarde, que novas fases da Operação Rêmora podem ser deflagradas a partir da delação premiada do empresário Giovani Belatto Guizardi, dono da Dínamo Construtora e réu na 1ª ação penal que trouxe novos nomes à trama envolvendo um esquema de cobrança de propina, fraudes e direcionamento de licitações da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) orçadas inicialmente em R$ 56 milhões. Tudo vai depender do avanço das investigações com base nos elementos fornecidos pelo delator.

“As operações vão se produzindo com fases, operação você sabe como começa e nunca sabe como termina. Esse é um grande exemplo, tivemos a primeira fase com a prisão de alguns personagens e o Permínio Pinto não entrou nessa primeira fase porque nós não tínhamos elementos pra dizer que ele participava. Aí veio a segunda fase com elementos. Outras fases podem surgir e novos indivíduos podem ser colocados no polo passivo das demandas”, disse Marco Aurélio. Ele ressaltou que depoimento não pode ser palavras ao vento, ou seja, que é preciso ter provas e indícios da participação de mais pessoas no esquema.

“O que nós reforçamos nesse depoimento foi que havia de indicativo dentro do processo. A fala fecha um raciocínio com base em provas. Em relação a outros secretários o que nós temos é uma aproximação. Uma simples aproximação não é crime, não é ato criminoso. Que fique claro que as pessoas citadas no depoimento que não relata um crime não têm nem que se preocupar com esse depoimento”, esclareceu o chefe do Gaeco quando questionado sobre possível envolvimento de outros secretários de Estado no esquema além de Permínio Pinto (PSDB) que era titular da Educação e foi preso na 2ª fase da Operação Rêmora, em 20 de julho.

O coordenador do Gaeco também foi questionado sobre a situação do empresário Alan Malouf que é citado várias vezes na delação de Guizardi e apontado como responsável por arrecadar R$ 10 milhões para fortalecer o caixa de campanha do governador Pedro Taques nas eleições de 2014, por meio de suposto caixa 2 já que tais valores não foram declarados. Ele voltou a reafirmar que novas fases da operação podem surgir e pontuou que Alan não é investigado no processo em andamento em virtude da adiantada fase processual. “Nesse processo já está a tríade processual. Então, não tem como incluir alguém no processo. Volto a frisar, novas fases podem surgir, inclusive com personagens com foro, tudo depende das provas e do contexto que se tem uma delação com base no que já pré-existe é esse o cenário que a gente trabalha”, argumentou.

“A denúncia pode ser aditada a qualquer momento, mas temos que ter cautela pra aditamento senão tenho que ficar abrindo prazo para interrogatório. Nesse processo espero que não tenhamos aditamento e vamos com ele até o final”, explicou o promotor.

 

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