O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes concedeu hoje uma liminar que faz de Ednaldo Rodrigues presidente da Confederação Brasileira de Futebol novamente.
Ednaldo Rodrigues estava longe do cargo desde o início de dezembro, depois do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspender o acordo entre a CBF e o Ministério Público que viabilizou sua eleição. A liminar concedida por Gilmar Mendes suspendeu a eficácia desta determinação.
Entre as justificativas para a suspensão, o ministro citou a possibilidade da CBF sofrer sanções da Fifa. A entidade máxima do futebol mundial não reconhece a gestão do interventor José Perdiz, que havia assumido o lugar de Ednaldo. Por isso, poderia punir a Seleção Brasileira e os times nacionais com a suspensão das competições organizadas por ela e pela Conmebol.
“Em razão de não reconhecer a atual gestão do interventor, a FIFA alertou oficialmente a CBF da possibilidade de aplicar sanções ao futebol brasileiro, dentre elas a suspensão da participação da seleção brasileira e dos times nacionais em competições por ela organizadas e, também, pela Conmebol”, afirma a liminar.
A decisão ressaltou, ainda, a possibilidade da recusa da inscrição da Seleção Brasileira no Torneio Pré-Olímpico para Paris 2024 em caso desta ser assinada pelo interventor.
A suspensão imposta pela liminar desta quinta-feira valerá até o Supremo Tribunal Federal determinar sua posição acerca do caso, algo que ainda não tem data definida para acontecer.
A decisão ocorreu após uma ação movida na última semana pelo PCdoB, que protocolou no STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade argumentando que a decisão do TJRJ não respeitava a autonomia das entidades esportivas. A Procuradoria-Geral da República e a Advocacia-Geral da União já haviam se manifestado a favor do retorno de Ednaldo Rodrigues à presidência da CBF.
