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Juíza marca oitivas para ouvir jornalistas acusados de extorsão em Cuiabá

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A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, definiu as datas em que serão ouvidas as vítimas, testemunhas e os réus da ação penal derivada da Operação Liberdade de Extorsão. No processo, Antônio Carlos Milas de Oliveira, Max Feitosa Milas, Maycon Feitosa Milas, Antônio Peres Pacheco, Haroldo Ribeiro de Assunção e Naedson Martins da Silva são acusados da prática de extorsão a políticos e empresários que possuem contratos com o serviço público para não terem informações reveladas nos veículos do Grupo Millas de Comunicação.

Entre as supostas vitimas, estão o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), o ex-secretário Pedro Nadaf, o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, que mantinha contrato para gerenciamento da margem consignável dos servidores estaduais, além do secretário de Fazenda de Cuiabá, Pascoal Santullo Neto. Outra possível vítima é o empresário Filinto Muller.Todos eles teriam sido coagidos a pagarem quantias entre R$ 100 mil e R$ 300 mil por integrantes do grupo de comunicação, que teriam se utilizado de dados levantados.

As audiências foram marcadas para os dias 16, 17, 18, 19, 24, 27 e 30 de janeiro. As primeiras pessoas a serem ouvidas serão as vítimas. Filinto será um dos primeiros, no próximo dia 16 de janeiro. No dia seguinte será a vez de Pascoal, Nadaf e Mischur. Já Silval poderá relatar os supostos crimes praticados contra ele no dia 18, data em que também começarão as oitivas das testemunhas.

Entre as testemunhas arroladas pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela defesa dos seis réus estão o atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o juiz de Direito Flávio Miraglia Fernandes, os deputados estaduais Mauro Savi (PSB) e Guilherme Maluf (PSDB), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) José Carlos Novelli, a primeira-dama do Estado, Samira Martins e o ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP).

O caso foi descoberto em março deste ano, quando a Polícia Civil deflagrou a operação. As investigações da Defaz apontam que os suspeitos coagiam as vítimas, que eram obrigadas a pagar quantias vultuosas, entre R$ 100 a 300 mil, para não terem informações divulgadas nos veículos sobre supostas irregularidades em contratos administrativos, corrupção ativa e passiva, entre outras negociatas. O grupo vinha agindo há vários anos e o valor cobrado era variável, dependendo da capacidade econômica de cada vítima.

Conforme o delegado Anderson Veiga, responsável pela investigação, ficou constatado que os jornalistas acessavam de dentro das suas empresas, dados sigilosos da base do ISS da Prefeitura Municipal, utilizando login e senha de servidores públicos. Um auditor fiscal chegou a ser preso, suspeito de ser o responsável por vazar informações fiscais dos possíveis alvos da ação.

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